de Mario Montanha Teixeira Filho
Eu estou voltando. Deem-me um terço, um trago, um troço, um beijo e um cobertor, neste momento ou amanhã, e lhes restituirei a verdade. Eu estou voltando. É para o deserto que vou, pés que pisam chão de brasa, e é lá que guardarei a minha solidão, imensa. Palavras minhas, que só minhas, descuidadas, murchas, percorrerão o vazio em busca do nada, como a me dizer, insistentes, que estou voltando.