9:43NELSON PADRELLA

Sobre a nota de Rogério Distéfano sobre as ‘malas’ de Robin e Batman:

Aproveitando a deixa, gostaria de lembrar que todo super-herói americano tinha um amiguinho de aventuras noturnas. Menos Super Homem, mas esse era de outro planeta. Assim, Capitão América tinha o Buck, Tocha Humana tinha o Centelha, Mister Escarlate tinha o Pink, Homem Morcego tinha o Robin, Zorro tinha o Tonto, Capitão Marvel perseguia uma minhoca. Está tudo explicadinho pela boca do Padre Flores no meu romance O Menino (Editora Chiado, Lisboa, 2017) lido por mais de quatro pessoas. E tinha os super heróis que enganavam, como Mandrake que namorava o Lothar mas fingia que seu caso era a Narda. Tinha o Fantasma Voador que se amarrava mesmo era no seu seu Pig meu. Sobrou o Tarzan, coitado. Tava lá no mato com seu Boy quando a crentarada da época caiu de pau (epa!), criticando que o piá não podia ser filho de verdade porque daí ele teria transado com a Jane, e não sendo oficialmente casados, isso não podia. O que fazer agora que todo mundo já tinha assistido ao filme “O Filho de Tarzan”? Dizer que o piá foi encontrado no mato, abandonado talvez por tuaregs… Os americanos inventaram os super heróis. Nós tínhamos apenas heróis. Na realidade, tenho lembrança de apenas um personagem das HQs brasileiras: Capitão Atlas, que hoje seria defenestrado por defender a Natureza.

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