15:22Filmes e mais filmes na retina

de Ticiana Vasconcelos Silva

Comédia, drama, suspense, terror, clássicos, ação, tramas policiais, faroeste, eróticos, exóticos esdrúxulos. A vida narrada em cenas apocalípticas, políticas, dramáticas, poéticas, frenéticas, alucinógenas, fantasmagóricas, fantasiosas, tenebrosas, românticas, lunáticas, grotescas, tristes, miraculosas, redentoras, místicas, realistas, mágicas, enfim, incontáveis adjetivos para classificar a intensidade e profundidade da vida nas telinhas do cinema. A música também nos leva a estes lugares, mas presenciar a maestria dos filmes é se magnetizar contra os vindouros percalços que se impõem em nossos caminhos. É olhar com amplitude e honestidade para a luz, para as sombras deste objeto humano de transcender insignificâncias.
Ler as obras magnas, saber ponderar, ousar mesclar ideias com sabores, auscultar os sinceros buscadores, instigar com desenvoltura e consciência a ideia de que somos a diversidade em uma só morada. Respeitar para educar, amar para libertar, ouvir para pescar a ausência da abertura para o sol, mitigar os defeitos, aperfeiçoar primaveras, abençoar pretéritos, desbravar horizontes, atravessar pontes. E ser a fonte que nunca finda de doar a vida. Poematizar, desproblematizar, escavar, sublinhar, desmembrar, sintetizar, alcançar a anestésica dor. Perder a simbologia do triângulo. Pigmentizar o profano e o insano. Ser. Vasto, pasto, nato. Corrigir o ruminar das esferas que não esperam o amanhecer. Bestiais profetas da redenção pelas vias inglórias do entardecer. Sol. Lua. Mar. Montanhas. Façanhas de empalidecer o trabalho árduo do renascer. Faço a vitória se distrair por nada que há de vir. Nada. E o abraço nos restaurou. Da incessante busca pelo amor. Ele, que é substância primordial. Perigosos são os caminhos do mundo. Mas portentosos os da via da razão. Sentimentos do permanecer inquieto por uma vida feita de “mim”. Não sou mais do que a perda do ritmo. Sou o fictício labirinto dos que não souberam desta meta de atravessar para voltar. Hoje, ausente. Amanhã, perene. Como o ar, como os raios solares, como a matéria escondida no adeus.
Gravitações dos impérios subordinados aos pedaços de guerras deflagradas pela inglória nostalgia de um passado ungido pela dinastia de tremores hostis.
Horrores da lembrança vil. Na lisura do tempo, somos mais senis do que ávidos a enfrentar os desafios pueris.
Mundo, vasto mundo. Sou uma pulga atrás da orelha. E não me arreio de fantasias a segurar ardores. Caminho na madrugada, minha estrada, meu fim. E se busco a resposta final, é porque isso nasceu em mim

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