Do enviado especial

No Diário Oficial do Município de quarta-feira (14) foi publicado ato da Mesa do Legislativo declarando vaga a suplência do PDT na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A decisão atinge o posto hoje ocupado pelo vereador Professor Matsuda e se dá em decorrência da publicação, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), do acórdão 54.816. A CMC dará posse ao terceiro suplente do PDT, Dalton Borba, na próxima semana. Professor de ensino superior, ele leciona na Unicuritiba. Foi Borba quem questionou no TRE-PR a vaga ter sido ocupada por Matsuda, com o argumento que o parlamentar passou um período de tempo desfiliado da legenda e que ele seria o suplente legítimo do PDT”.

Isto é o que está escrito no site oficial da Câmara Municipal de Curitiba, mas a noticia corrente nos bastidores do partido é que há muito mais interesses envolvidos do que o mandato de vereador, ou seja, nos cargos comissionados do gabinete. Integrantes descontentes com o ocorrido afirmam que o professor Matsuda contrariou os interesses da vice-presidente do partido, Luiza Simonelli, em não contratá-la – e muito menos seu cônjuge, Dario Tamagni, que tinha cargo com Johnny Stica até março, quando este licenciou-se para assumir um cargo na Fomento Paraná a convite do governador Ratinho Jr.

Segundo as mesmas fontes, Luiza comemorou a decisão judicial porque já teria o compromisso de Dalton Borba em levar o seu marido de volta à Câmara. O imbróglio não para por aí. O deputado federal Gustavo Fruet, admirador confesso de Matsuda, estaria de olho no movimento de sua vice que, segundo uma fonte próxima ao ex-prefeito, estaria minando sua candidatura a prefeito em 2020 em favor do Deputado Estadual Goura. Este, aliás, foi quem capitaneou o processo contra Matsuda. A confusão promete novos lances neste jogo de interesses.