Do Analista dos Planaltos

A operação da Polícia Federal que prendeu quatro pessoas suspeitas de invadir a privacidade telefônica do ministro Sérgio Moro produziu um resultado concreto, além da detenção, que as pessoas de bom senso já perceberam. A pirotecnia ensaiada pela turba bolsoignara, na trincheira do passado judicial do ministro, pode acabar em nada. Anunciada como a captura de uma baleia jubarte, a operação está descobrindo que a rede trouxe à luz apenas quatro manjubinhas. Ou, lambaris, pra usar o meio aquático fluvial. Como quiserem. O fato é que não parece minimamente crível que esse quarteto tenha envolvimento com os megabytes das conversas incestuosas de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Até agora, não há um único fio de cabelo que sustente a ligação desse grupo com as mensagens em poder do trio Intercept-Folha-Veja. Se houvesse, saberíamos se as mensagens, afinal, são autênticas. Coisa que o ministro do STF Luís Roberto Barroso já fez, confirmando que em agosto de 2016 promoveu um coquetel em sua casa, com as presenças de Moro e Dallagnol. Exatamente como o Intercept divulgou. Para o bem de todos, é preciso separar baleias e manjubas. Até porque estas são o alimento daquelas…