17:39Chico de Oliveira, adeus

Do G1

Chico de Oliveira, sociólogo e escritor, morre aos 85 anos em SP

Professor aposentado da USP, ele participou da fundação do PT e, mais tarde, da criação do PSOL. 

O ensaísta e escritor Chico de Oliveira, um dos principais sociólogos do Brasil, morreu na madrugada desta quarta-feira (10) em São Paulo, aos 85 anos, informou a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), da qual era professor aposentado.

A causa da morte não foi divulgada. O velório acontecerá das 17h às 22h no Salão Nobre do prédio da FFLCH, na Cidade Universitária, Zona Oeste de São Paulo.

Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira nasceu em Recife em 1933, onde também graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1956.

Em 1988, tornou-se docente no departamento de Sociologia da FFLCH, onde atuava na área de Planejamento Urbano e Regional, Estudos Industriais e Economia Regional.

Atuou ainda como coordenador-executivo do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (Cenedi) e participou, ao lado de nomes como Fernando Henrique Cardoso, da fundação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), do qual foi presidente entre 1993 e 1995.

Chico de Oliveira, que foi preso durante a ditadura militar, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), compondo a 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro. Posteriormente, deixou o partido por divergências e colaborou para a criação do PSOL.

Dentre os principais livros de Chico de Oliveira, estão o ensaio “A economia brasileira: Crítica à razão dualista”, publicado originalmente como livro em 1973. A obra foi reeditada 30 anos depois com o título “Crítica à razão dualista” (Boitempo), que ganhou como complemento o ensaio “O ornitorrinco” – o volume rendeu um Prêmio Jabuti em 2004.

Outro de seus ensaios mais conhecidos é “Elegia para uma re(li)gião”, de 1977. O texto foi reeditado no livro “Noiva da revolução/Elegia para uma re(li)gião” (Boitempo), que saiu em 2008. Sua última obra publicada em vida é “Brasil: Uma biografia não autorizada” (Boitempo), do ano passado.

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