18:58Jair passará, João passarinho

De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário

“Uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família.”

LACÔNICA declaração de Jair Bolsonaro sobre a morte de João Gilberto. Lacônica e eloquente, ilustrativa de quem é o presidente: o homem do rancor, sectário, líder de facção, indiferente à missão de unificar os brasileiros. Só faz alimentar a divisão que o levou ao cargo. Coisa mesquinha, menor, execrável.

Para marcar sua característica e seu éthos, Bolsonaro não age como todos os presidentes da República de 1988, independentemente de suas filiações e crenças: reconhecer, valorizar e enaltecer os grandes brasileiros. Para o presidente Bolsonaro os grandes brasileiros são os de seu imaginário autoritário e preconceituoso.

Sequer o tradicional luto oficial ele chegou a decretar para João Gilberto. Nem precisava. Um elogio de Bolsonaro poderia manchar a biografia desse brasileiro que já entrara na história quando o hoje e ocasional presidente aprendia português em curso por correspondência. Jair está de passagem, João estará para sempre.

Haja arruda com esse Arruda

RICARDO ARRUDA, deputado pelo PSL do Paraná, não só foi eleito pelo partido do presidente da República. Também recebeu infusão da sensibilidade social  e da acuidade mental de Jair Bolsonaro.

Assembleia legislativa ocupada por funcionários revoltados com o reajuste de vencimentos proposto pelo Executivo, o deputado afirma da tribuna que os deputados também não tiveram reajustes nesse tempo.

Claro, entre o que os deputados e o os funcionários ganham mensalmente não há diferença: uns e outros mal conseguem pagar a cesta básica. Haja galhinhos de arruda para nos proteger do galinho Arruda.

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2 ideias sobre “Jair passará, João passarinho

  1. Servidor Público

    Parabén senhor Distéfano! Definiu muito bem a origem mais plausível para a “sensibilidade social e a acuidade mental” de um dos deputados que faz parte da base parlamentar do senhor Ratinho! O Paraná não merece isso!

  2. Jorge Armado

    O colunista adora vilipendiar o Messias! Ele reconhece grandes brasileiros como o coronel Brilhante Ustra, o delegado Sérgio Fleury e o inesquecível e mundialmente famoso cantor MC Reaça. Não esse pessoalzinho da tal mpb que fica de mimimi musical. O que realmente conta para a cultura nacional é música gospel e marchas militares. O resto é lixo esquerdopata. Deus, Pátria e Família! In Moro we Fux! Aha! Uhu!

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