Por que nos abandonamos em cada cruz? Porque nos abandonamos em cada cruz. Tiro de misericórdia. Como esquecer? O menino subindo nos morros feito lagartixa, barbarizado com mais de cem tiros. Na capa da noite baixou Exu. Eu vi, eu vi. Aldir Blanc atrás da porta. Subindo as escadas da Penha, comendo baba de quiabo, dançando dois pra lá, dois pra cá. Por que nos identificamos com o psiquiatra? Quanta pergunta. Vou fazer essa para o meu, que não canta resposta ao tempo com a voz de quem procura falar. Mas não ouve, porque aqui não adianta querer mocotó. Daí que Corisco não se entrega, só na morte, de parabelo na mão. Rodo como  vinil na radiovitrola de olho mágico. Restos me interessam. A agulha arranca tudo dos sulcos da minha alma. Referências. Vou levá-las para a fogueira dos infernos. Que é aqui. Sempre. Me acuuuuuuuudam, senão eu vou ter um treco.