A Ouro Verde Locação e Serviço S/A fechou um acordo de leniência com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a Controladoria-Geral do Estado do Paraná e vai devolver R$ 33 milhões aos cofres do Estado. A empresa é investigada no âmbito da Operação Radio Patrulha que escrachou o pagamento de propina a agentes públicos e lavagem de dinheiro em uma mutreta que envolveu fraude em licitações no Patrulha no Campo, do Governo do Paraná, durante a administração do ex-governador Beto Richa (PSDB), que está preso. O acordo foi assinado no dia 1 de abril e homologado ontem pelo Conselho Superior do MP-PR. A empresa divulgou nota afirmando que “o acordo configura compromisso assumido de colaboração contínua junto às autoridades competentes, tanto no âmbito das investigações internas como também da implementação de uma nova governança e compliance”. O MP informou que a investigação é sigilosa. Hummmmmmmmmmmmmmmm. Apenas para colocar luz neste tipo de negociação, não é demais dar voz ao ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, sobre tal tipo de tratativa que vem acontecendo recentemente no país: “Mesmo depois de pagar a multa prevista no acordo, a empresa precisa ressarcir os danos causados ao patrimônio público… As empresas foram ao Ministério Público, assinaram gato e levaram lebre. Uma coisa é multa, outra coisa é dano. E as empresas não querem mais gastar”. Recentemente duas  concessionárias de pedágio assinaram acordos vantajosos no Paraná e, se tudo caminhar como desejam, deverão entrar na disputa para continuar explorando a mina de ouro. A Ouro Verde atua em vários segmentos no Estado e, ao que tudo indica, parece que os R$ 33 milhões apagarão a participação dela no esquema de corrupção que se envolveu e confirmou ao se comprometer a devolver a dinheirama. Expressionante! É ou não é?