de Mário Montanha Teixeira Filho
As armas deles
e o nosso silêncio.
As leis que eles fizeram
e a história que não pudemos contar.
O escuro dos porões
e o medo de morrer.
As armas deles
contra nós,
e o nosso silêncio
decretado nas leis que eles fizeram.
A noite que eles fizeram,
a longa noite sobre nós:
mortes na sombra dos porões
e gritos de dor
contra o silêncio.
O silêncio que eles fizeram
com as armas deles,
com as leis estranhas deles,
com a dor dos nossos corpos mutilados.
Versos breves neste primeiro de abril de sombras e fantasmas do passado. Que a tragédia de 55 anos atrás não se repita.