14:47Pensso, logo inssisto

De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário (http://www.oinsultodiario.com/)

“Quem era Marielle? Só ficou conhecida depois do assassinato”.

Da entrevista do deputado Eduardo Bolsonaro ao Uol. A família Bolsonaro desafia qualquer tentativa de raciocínio, elementar, tosco, primário que seja. Pergunta infeliz, ideia pobre, mesquinha, insensível, sem sequer o rebuço da hipocrisia, o escudo de políticos e mentirosos.

Marielle e seu motorista, ela conhecida, ele, vítima das circunstâncias dela. Quem era ela? Ela era o mesmo que o motorista, Anderson Gomes. Os dois conhecidos pelo atentado, pela morte violenta, absurda, inaceitável em qualquer sociedade minimamente civilizada.

Se os assassinos lhes tivessem dado o benefício da escolha, Marielle e Anderson prefeririam estar vivos e desconhecidos. Mas não fiquemos apenas na anotação da estupidez dos raciocínios da família Bolsonaro – ainda com o inevitável e difusamente genésico ‘isso aí’.

Ainda que o deputado tenha dito que lamenta o atentado contra a vereadora e seu motorista, ele avança na exposição da mente doentia, soturna e sombria da família: “mil pessoas foram assassinadas e não se faz a celeuma como esta do atentado a Marielle”.

Ou seja, como sempre na dobra das barbaridades bolsonáricas ficamos com a conclusão elementar: se não se deu destaque aos assassinatos brutais de tantos, por que dar visibilidade ao assassinato de uma vereadora e de um motorista desconhecidos?

A resposta é simples, não cabe na lójica bolsonárica: o atentado a Marielle pode não ter dado visibilidade a tantos outros, iguais aos dela. Mas deu visibilidade aos métodos e aos autores, próximos do poder no Rio de Janeiro. Aqui o soluço inconsciente do deputado ao minimizar o crime.

Um desses assassinos, próximo, vizinho de condomínio do pai do deputado Bolsonaro, quase sogro do irmão do deputado Bolsonaro. A família Bolsonaro é como aqueles automóveis pré injeção eletrônica: se pisar muito no acelerador, afoga o carburador e não dá a partida.

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5 ideias sobre “Pensso, logo inssisto

  1. juca

    Vou começar hoje a campanha de 2022 para presidente.
    Distéfano aquele que tudo vê e tudo fala, venha para consertar o BRASIL

  2. Ademar Luiz Vieira

    Durante os 14 anos de mandato ou melhor de desmanche do Brasil os CRIMES do Celso Daniel o qual acusava tanto ele como sua família que o LULADRÃO e sua curiola estavam envolvidos até o pescoço, também temos o crime do Toninho do PT que também ainda não foi resolvido. E a rede Globo nada cobra, porque ?
    Agora os jornalista gaveteiros de caixas 3, 4,… querem tentar direcionar um fato e induzir algo no povo brasileiro.
    Seria melhor esses “jornalistas” irem para CUBA ou a VENEZUELA países que eles tanto idolatram.

  3. SERGIO SILVESTRE

    Seu Ademar,com todo respeito,o sr ainda não se convenceu que entrou numa fria votando nesse jumento armado
    .

  4. Fausto Thomaz

    IIIhhh lá vem o Pombo inconformado que o fantoche do Molusco não ganhou a eleição…jumento armado ou um presidiário governando o país dentro de uma cela? Seria o mesmo que fazem hoje os fernandinhos beira mar da vida de dentro da cadeia….aceita que dói menos Silvestre, vc parece o Mamona.

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