7:03Hino será obrigatório no Carnaval

por Renato Terra

Ordem é de Momo, que se autodeclarou presidente

Extasiado com o furdunço federal, o rei Momo abdicou da monarquia e se autoproclamou presidente do Brasil. “Se é pra virar Carnaval, que ao menos seja administrado por um profissional”, cantou, em ritmo de marchinha. A liderança de Momo foi imediatamente reconhecida pela Venezuela, pela Universidade Yale e pelo Baixo Augusta.

Como primeira medida, Momo enviou um email para todos os blocosexigindo a execução do hino no início de todos os desfiles. “Os foliões novos e antigos precisam prestar reverência ao ‘Hino do Carnaval Brasileiro’, do Lamartine Babo”, discursou.

Em seguida, apresentou um projeto de lei visando a atualização dos últimos versos do Hino Nacional Brasileiro: “Mas se ergues da justiça a clava forte/ Verás que um filho teu não foge ao Twitter/ O outro fica entregue à própria sorte/ É laranjada!/ Tomou Doril, Queiroz sumiu/ Não fala nada!/ Pra quem tem foro és sempre mãe gentil/ Pátria amada, Brasil”.

Por ordem de José de Abreu, autoproclamado Ministro do Sanatório Geral, a nova versão deve entrar no currículo escolar ainda neste ano. “As aulas de matemática também ensinarão as crianças a fazer 48 depósitos de R$ 2.000 em caixas eletrônicos. Precisamos formar cidadãos preparados para atuar em situações reais. Sem ideologia”, explicou.

Momo pretende, já em março, transformar o Congresso em ala das baianas e o Senado em recuo da bateria. “Urge aprovar projetos urgentes como a Reforma da Saliência, o porte e a posse de tuba e, claro, formar a bancada do glitter”, explicou.

Com animação, apresentou uma Proposta de Emenda ao Carnaval (PEC) para alterar algumas marchinhas, que passam a ter a seguinte letra:

“Doutor/ Eu não me engano/ Meu coração é do Bebianno.

“Ô, Bolsonaro, por que estás tão triste/ Mas o que foi que te aconteceu?/ Foi a laranja que caiu do galho/ Com dois ministros/ E depois fedeu.”

“Se você fosse sincera/ Ôôô Gleisi Hoffmann/ Veja só que bom que era/ Ôôô Gleisi Hoffmann.”

*Publicado na Folha de S.Paulo

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.