O que fizeram com a identidade do Clube Atlético Paranaense? Isso é modernidade ou patetice, pra não chamar de outra coisa? O que foi mostrado ontem é um atentado ao bom senso, em nome de uma “modernidade” sem pé nem cabeça. Jogar a história na lata do lixo é dar uma facada pelas costas no que há de mais sublime na relação de amor entre o torcedor e seu time do coração. O que fizeste com meu Atlético, ó cara (com a licença do gênio Dalton Trevisan, um atleticano)? E bem na véspera do que pode ser a conquista do primeiro título internacional de uma trajetória iniciada há quase um século? Isso é uma estratégia de que? Faz parte? Só pode ser de um delírio megalomaníaco que ignora a realidade. Antes já tinham cometido a barbaridade que foi mudar o sentido das faixas na camisa. Agora… Bem, agora resta uma saída, se o bom senso voltar: dizer que foi um teste de paciência para quem já está aterrorizado neste país virado pelo avesso e esculhambado. Ou então, informar que a melhor saída para nós, os imbecis da tradição, é esquecer tudo, enterrar o que veio mesmo antes estrearmos no campo da vida – e esclarecer que o apresentado é para formar uma nova geração de geraldinos e arquibaldos (com a licença de outro gênio, Nelson Rodrigues, torcedor do Fluminenses), os que acham que o que foi feito é sinal de inteligência, aquela que está criando uma legião de quadrúpedes que uivam e babam diante de telinhas.