10:45Jair & Javai

De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário (http://www.oinsultodiario.com/)

O presidente eleito quer o juiz Sérgio Moro, seja no ministério, seja no Supremo. Moro sinalizou que aceita, seja na sua surpreendente nota de aplauso pela eleição, seja pelos aplausos não surpreendentes deu sua mulher – ela também caso único de protagonismo de mulher de magistrado. Afinal, ela “Mora com ele” e, casal ajustado, jogam em perfeita parceria.

Moro ministro ou juiz do Supremo será um de tantos desafios para a poder sobranceiro de que se julga portador o próximo presidente: passar pelo Senado o juiz carrasco da Lava Jato e empurrar goela abaixo dos príncipes do Supremo um plebeu da magistratura. Mas Bolsonaro depende de Moro para governar como em não desprezível parte dependeu dele para se eleger.

Dependeu indiretamente, fique claro, pois o juiz de Curitiba não fez campanha para o candidato direitista. Não fez porque soube traçar com rigor milimétrico o limite entre a isenção e o envolvimento da toga. Na eleição de Bolsonaro o juiz Sérgio Moro foi o reagente químico longínquo, que atuando sobre os elementos corrupção, PT e empreiteiras, precipitou a reviravolta da direita.

Se a química do ginásio ainda me socorresse, diria que Sérgio Moro foi o tolueno de Jair Bolsonaro. Tolueno, a propósito, é um agente que atua sobre os derivados da gasolina, essa mesma que alimentou o Petrolão. Mais, o tolueno compõe um poderoso explosivo, o TNT – trinitro tolueno. Poderíamos dizer, como Lula sobre Roberto Requião, que há química entre o Capitão e o Juiz.

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