Do Filósofo do Centro Cívico
Como 76,54% dos eleitores curitibanos votaram em Jair Bolsonaro, a Gazetona vai fazer uma promoção especial de assinaturas para quem confiou e se orientou pelas palavras do editorial publicado na véspera da votação. Quanto aos 23,46% que escolheram Haddad, estes também terão desconto – mas para que aprendam logo a dançar conforme a música.
Por que será que temos tanta dificuldade em aceitar o rodízio do poder? Vejam lá nos Estados Unidos como tem sido esse rodízio assegurado pelas urnas…
Últimos 60 anos:
Dwight D. Eisenhower; REPUBLICANO; 8 anos; reeleito
John F. Kennedy; DEMOCRATA; 2,5 anos (assassinado)
Lyndon B. Johnson; DEMOCRATA; 5,5 anos; era vice, reeleito
Richard Nixon; REPUBLICANO; 5,5 anos; reeleito; renunciou
Gerald Ford; REPUBLICANO; 2,5 anos; era vice, perdeu a reeleição
Jimmy Carter; DEMOCRATA; 4 anos; perdeu a reeleição
Ronald Reagan; REPUBLICANO; 8 anos; reeleito
George H. W. Bush (pai); REPUBLICANO; 4 anos; perdeu a reeleição
Bill Clinton; DEMOCRATA; 8 anos; reeleito
George W. Bush (filho); REPUBLICANO; 8 anos; reeleito
Barack Obama; DEMOCRATA; 8 anos; reeleito
Donald Trump; REPUBLICANO; atual (eleito em 2016)
Não adianta louvar a democracia e achar que o seu partido tem que ganhar todas as eleições. E que, quando o seu partido perde pelo voto popular, livre e democrático, o partido vencedor é autoritário, é um perigo para as instituições etc. Temos que aceitar o rodízio dos governantes, isso é bom, areja a política e permite focos diferentes na construção e aplicação das políticas públicas. Em Cuba, na Rússia e na China há eleições, mas os eleitos são sempre os mesmos!