12:11O menestrel do PT e o cabo eleitoral

por Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário (http://www.oinsultodiario.com/)

Fernando Haddad participou na semana de encontro com artistas, músicos na maioria, turma eclética, de Odair José a Francis Hime. Dedilhou o violão e cantou, coisa que o Pai não faria: o deus está mais para Jânio, que de cara pediria uma cachaça para a dona da casa; o filho, mais para Juscelino, bonito, cheiroso e gostoso.

O príncipe herdeiro do petrolão comparou o crescimento de Jair Bolsonaro a um parto, que precisa ser feito, liberar o bebê. Imagem estranha para um doutor em filosofia: Bolsonaro, nascituro, parto. Dona Gleisi Hoffmann deve ter dado gritinhos histéricos, acusando o filho do messias de legitimar a vinda do demônio.

Dona Gleisi não prescreveu, ainda que pensasse, nem passou pela cabeça de Haddad, o aborto de Bolsonaro. Não é coisa para deus nem para seu filho, sequer para uma sofredora Madalena. Pode perder o voto evangélico, hoje quase todo fechado com o antiLula. Um bispo tentou o exorcismo. Deu no que deu.

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A História talvez diga que Jair Bolsonaro venceu graças a Adélio Bispo, cuja facada deixou o candidato na redoma da UTI, poupado de debates e da exposição de sua falta de consistência. Bispo, sem querer, eficaz cabo eleitoral.

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