por Elio Gaspari
O ministro Gilmar Mendes deu um salto triplo carpado no processo judicial ao soltar Beto Richa.
Já há uma meia dúzia de petições de encarcerados pedindo isonomia. Como ele é o juiz prevento para esses casos, cabe-lhe fazer a festa, ou não.
No recurso contra a libertação de Richa, a procuradora-geral Raquel Dodge disse que o ministro habilitou-se para o título de “revisor direto e universal de todas as prisões temporárias do país”.
Se Gilmar colocar a sua decisão para que o plenário a compartilhe, de duas uma: transforma o Supremo em Casa de Libertação ou perde o título. Enquanto não o fizer, continua a ser o “supremo revisor”.
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Enquanto Temer nomeia diretores de agências reguladoras para mandatos que se estenderão pelo governo de seu sucessor, o procurador Carlos Fernando Santos Lima decidiu aposentar-se no início do próximo ano e abandonou a equipe da Lava Jato na semana passada.
Fez isso para se afastar das informações sigilosas que circulam na Procuradoria em Curitiba.
O doutor tem 54 anos. Ao que se supõe, quando deixar o serviço público advogará para empresas interessadas em trabalhar direito. Nada ver com larápios.
*Publicado na Folha de S.Paulo