14:50TICIANA VASCONCELOS SILVA

A morte é minha sorte
Venho em busca da vida
Mesmo que tenha perdido a medida
Mesmo com todos os enganos
Em que os insanos buscaram a paz
Sorrio sempre, pois foi-me dito que
A cruz permanece imutável nos sonhos
Soberania, poderes, prazeres, correntes
Tudo o que misteriosamente mente
E aprisiona a matéria que se corrompe
Com desejos matinais
Subi uma montanha
E ao longe vi seres caindo, se unindo
Cuspindo, morrendo
Sem nem mesmo saber de seus ideais
Fugi da luta sem saber que sou mortal
Mas a vida me deu o sinal
Voa, pois os anjos te esperam
E vibram com a sua destreza
Princesa nunca fui
Sou da guerra da luz
Baixei minha espada para quem comigo errou
Mas agora detenho a força e o destemor
O senhor está nas alturas
E a loucura ficou para trás
Sou poeta, concreta e abstrata
E não dou mais nós em gravatas
Desfiz os céus em minhas pinturas
Destruí os signos e suas conjunturas
Vou direto ao ponto: um conto, uma droga que se chama palavra
O dom que me deram eu honro
E se quiser me ouvir, veja um ponto
Infinitesimal, revolucionário, transcendental
Ali eu coloco o final

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.