Um dia, quando se encontraram, ela, a filha, deu a ele, pai, uma paçoca. Daquela marca: Amor. Ele nem deu bola. Tem bom gosto para tudo. O que ela queria com aquilo era, no fundo, dar seu amor para ele. E dizer, implícita e explicitamente, que o que os unia era o amor. Lembrou hoje de uma das muitas histórias que ele contava para ela. Um dia ligaram a ele e perguntaram: “firme na paçoca?”. Ele estava nas catacumbas. Depressão. Álcool. Drogas. Ela sempre o ouve com a maior e mais profunda atenção. Aprende diariamente com ele. Ele se salvou por ela e os outros filhos. Ele a salvou. E agora ela está tentando sair de todas as suas perturbações psicológicas por ele. Nos salvamos. Um pelo outro. Isso é amor.