De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário
Cida Borghetti quer Beto Richa fora de sua coligação. Justificativa fraca, tímida: “para o ex-governador se dedicar à sua defesa”. Brincadeira, desculpa esfarrapada. O melhor que Beto pode fazer por sua defesa é continuar na campanha; eleito, ganha foro privilegiado. Além disso, a defesa do candidato a senador está nas mãos de excelentes advogados.
Bastava à governadora dizer, com o sorriso caloroso e os olhos frios: “toda presença é cúmplice, toda ausência é crítica”. Coisa simples, elementar, que vale por toda uma pororoca requiânica, seja no modo tio, seja no modo sobrinho. O que Cida fez dá quase no mesmo, pois trata Beto como portador de doença não só contagiosa como infecto-contagiosa.
Doenças como essas exigem medicação mais forte que o simples isolamento do doente, aquilo de romper coligação, proposta pela doutora governadora. Precisa também denunciar o doente à Vigilância Sanitária, os eleitores. Acontece que a governadora foi eleita e trabalhou com Beto. Daí fica a pergunta indiscreta: foi vacinada, não foi contaminada?