15:59TICIANA VASCONCELOS SILVA

Desprendi-me do infinito
Para fazer bonito
Mas me perdi na granito
E dei um grito
Ufa, que alívio! Saiu.
Quase que não volto
Mas o retorno é certo
Para quem está perto
E longe ao mesmo tempo
Estes tormentos eu tiro de letra
Pois tenho grandes aspirações
Ando depressa na conversa
E ganho luz na escuridão
Vai ser gauche na vida
Entorta e faz a ferida
Foge e enfrenta a briga
Com mil frios na barriga
Oxi. Quem diria essa menina
Sorri e não vê a saída
Da tristeza da solidão
Mas tudo se compõe lentamente
Na alma, na noite e na mente
O que foi não conseguiu prende-la
Pois ela é grande e pequena
Um susto na madrugada
Uma pedra no caminho
Quem fez essa jogada?
Para tira-la do ninho?
Medo, pavor, distâncias
Apenas pequenas lembranças
De um dia normal
Quer subir, quis mentir
Mas não se deu conta
Da beleza mortal
Olha dentro, ora baixinho
Pois este espinho
Deu vazão às ideias
Porra! Que porre
Nada mais forte que um cego nas nuvens
Preciosidades são para quem tem
Coragem de ultrapassar a miragem
E miram o alvo da encruzilhada
Tiro certeiro
Foi sem medo
E sumiu na multidão

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