Por Fraga
(A partir da letra de Joaquim Osório Duque Estrada e música de Francisco Manoel da Silva)
O vírus do Ipiranga nas margens pútridas
Do povo estoico o brado: saneamento!
E a insalubridade em valas múltiplas,
Manchou ao léu a pátria nesse relento
Se o fedor dessa desigualdade
Conseguimos disfarçar com pinho forte,
Em teu meio, ó sociedade,
Epidemia é o nosso jeito desde a Corte
Ó pátria atrasada,
mal-vacinada,
Salve, salve-se!
Brasil, um surto imenso, quadro típico
De pólio e leptospirose a terra cresce,
Em teu raivoso céu, tristonho e fatídico,
A lembrança do barbeiro recrudesce
Distante, a vigilância sanitária,
É tifo, tétano, dengue hemorrágica,
E o teu futuro espera tanta malária
Terra incurada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria mal-administrada!
Dos filhos deste solo és mãe senil,