18:26Ricardo Barros: “Pode acontecer que uma outra candidatura ao Senado seja mais interessante para a nossa chapa do que a do PSDB”

Do deputado federal Ricardo Barros, em entrevista a Catarina Scortecci, na Gazeta do Povo

E a relação com Beto Richa? O senhor fez críticas a ele. Qual o impasse na formação da aliança?

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Eu não o critiquei. Fiz apenas um relato das suas atitudes, uma constatação das ações que ele desenvolveu durante todo esse período. Não estou dizendo que é bom ou que é ruim. Estou dizendo que os passos dele foram esses, de nunca ter declarado apoio à governadora Cida, e por isso estamos vivendo esta situação. E não temos a obrigação da aliança. A aliança tem que ser interessante para a governadora Cida, como todas as demais. Eu não vejo dificuldades, mas são atores independentes. Não podemos determinar aos outros o que fazer.

Na convenção do PSDB nesta quarta-feira (1º) à noite, houve um discurso claro de Beto Richa em apoio a Cida. Qual a resposta do PP?

Bom, a partir daí, nós consideramos a possibilidade de uma aliança com ele. Até então, não podíamos considerar. Mas, isso não resolve o problema. Porque a definição se dará em função do conjunto das forças que disputarão a eleição. Então pode acontecer, num determinando momento, que uma outra candidatura ao Senado seja mais interessante para a nossa chapa do que a do PSDB.

Por exemplo?

Se Osmar Dias alterar para o Senado, ou se o Fernando Francischini (PSL) se colocar disponível, ou outra situação que decorra de algum partido que saia de outra aliança. A nossa aliança não está fechada, mas a dos demais também não está.

A íntegra da entrevista:

A três dias do fim do prazo para definição de candidaturas ao pleito de outubro, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) afirma que ainda mantém diálogo com “várias forças políticas” para a construção de uma chapa competitiva ao governo do Paraná. Também repete que o momento exige “paciência, serenidade, frieza”. Barros é o articulador da candidatura de Cida Borghetti (PP), que assumiu o Palácio Iguaçu em abril, por conta da renúncia de Beto Richa (PSDB). A despeito disso, PSDB e PP podem não caminhar juntos agora, na contramão do que definiu a convenção nacional dos pepistas, nesta quinta-feira (2), em Brasília. Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, Barros diz que Richa, pré-candidato ao Senado, ainda não reuniu o PSDB em torno da candidatura de Cida, e que o tamanho da adesão dos tucanos deve ser considerado na composição da chapa. Confira os principais trechos logo abaixo:

Nacionalmente, o PP consolidou aliança com o PSDB, do presidenciável Geraldo Alckmin. E no Paraná, por que a aliança entre PP e PSDB ainda não saiu?

O quadro eleitoral do Paraná ainda está sendo construído. Os atores não estão definidos ainda e estamos, portanto, com a nossa coligação aberta, para avaliar o conjunto de forças. Temos que ter paciência. Toda eleição é assim. Em 2010, nós tínhamos uma chapa firme. Era o Beto Richa de governador do Paraná, Augustinho Zucchi (PDT) de vice, Osmar Dias (PDT) e Ricardo Barros ao Senado. Na véspera, Osmar Dias saiu da chapa e foi ser candidato a governador do Paraná com a Gleisi Hoffmann (PT) e com o Roberto Requião (MDB). Em 2014, Cida virou vice do Beto às vésperas da eleição. Então, hoje eu estou com diálogo aberto com várias frentes políticas. E, até o momento do fechamento das demais candidaturas, nós resolveremos o nosso lado, da forma que for mais competitiva.

Sobre a indefinição dos atores, comenta-se nos bastidores a possibilidade de desistência de Osmar Dias. Como o senhor avalia isso para a candidatura da Cida?

Eu acho o quadro ainda muito indefinido. E o Osmar Dias, que é uma peça-chave neste processo todo, marcou a convenção para sábado (4). Então, não acredito que nada acontecerá antes da convenção. É preciso ter paciência, serenidade, frieza, para aguardar a formação do quadro.

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E a relação com Beto Richa? O senhor fez críticas a ele. Qual o impasse na formação da aliança?

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Eu não o critiquei. Fiz apenas um relato das suas atitudes, uma constatação das ações que ele desenvolveu durante todo esse período. Não estou dizendo que é bom ou que é ruim. Estou dizendo que os passos dele foram esses, de nunca ter declarado apoio à governadora Cida, e por isso estamos vivendo esta situação. E não temos a obrigação da aliança. A aliança tem que ser interessante para a governadora Cida, como todas as demais. Eu não vejo dificuldades, mas são atores independentes. Não podemos determinar aos outros o que fazer.

Na convenção do PSDB nesta quarta-feira (1º) à noite, houve um discurso claro de Beto Richa em apoio a Cida. Qual a resposta do PP?

Bom, a partir daí, nós consideramos a possibilidade de uma aliança com ele. Até então, não podíamos considerar. Mas, isso não resolve o problema. Porque a definição se dará em função do conjunto das forças que disputarão a eleição. Então pode acontecer, num determinando momento, que uma outra candidatura ao Senado seja mais interessante para a nossa chapa do que a do PSDB.

Por exemplo?

Se Osmar Dias alterar para o Senado, ou se o Fernando Francischini (PSL) se colocar disponível, ou outra situação que decorra de algum partido que saia de outra aliança. A nossa aliança não está fechada, mas a dos demais também não está.

O PP ofereceu concretamente a possibilidade para o Osmar Dias, de migrar para a chapa de vocês como senador?

Não, porque o PP entende que a candidatura dele ao governo do Paraná está colocada e é útil para o processo. Nos interessa que ele seja candidato. Porque a eleição se desenhará conforme os atores. Se nós tivermos quatro, cinco, seis candidaturas, muda todo o processo. Nós estamos aqui comemorando a expectativa de vitória de Alckmin, que não está bem nas pesquisas, mas que articulou uma solução que o favorece no pleito. Nós também queremos articular no Paraná uma solução que nos favoreça. Tem que ter paciência.

A imagem do Beto Richa hoje traria um desgaste para a chapa da governadora Cida Borghetti?

Olha, eu não tenho discutido esta questão. Eu tenho discutido sua conduta, enquanto presidente do PSDB. Até então, ele não reuniu o PSDB para estar em torno da candidatura de ninguém. Estão todos soltos. Tem gente com Ratinho, tem gente com Osmar, tem gente com a Cida. Se ele não reúne o partido, então o apoio tem um determinado peso. Se ele exerce sua liderança e reúne o partido, tem outro peso. Isso que não foi discutido até agora. Em que condições o PSDB se propõe a estar numa aliança, ou a não estar numa aliança. Na minha leitura, o Beto Richa desenhou para si uma candidatura solo, onde ele pode estar em todos os palanques. Se ele pretende mudar sua conduta, é preciso avaliar sua nova posição. Mas nada está definido. É preciso ter serenidade. E nós não montaremos a nossa chapa sem saber com quem estamos concorrendo.

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2 ideias sobre “Ricardo Barros: “Pode acontecer que uma outra candidatura ao Senado seja mais interessante para a nossa chapa do que a do PSDB”

  1. Fazendo história

    Mentiroso

    Era Fruet Senador e não o Janene de saias

    Em 2010, nós tínhamos uma chapa firme. Era o Beto Richa de governador do Paraná, Augustinho Zucchi (PDT) de vice, Osmar Dias (PDT) e Ricardo Barros ao Senado

  2. Mito

    Interessante (e muito triste) que não se lê uma única palavra em toda a entrevista sobre os interesses e anseios da população, do Estado, da sociedade…
    Tudo se resume aos interesses exclusivos dessas forças políticas que, bem se vê, não estão nem aí para a ninguenzada…
    Lamentável!!

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