7:32Para o mal e para o bem

Os paranaenses tomaram conta da coluna Brasil Confidencial, do jornalista Rudolfo Lago, diretor da sucursal da revista IstoÉ em Brasília. Para o mal e para o bem. Confiram:

Não foi para vice

Na semana passada, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou o senador Álvaro Dias (PR), candidato do Podemos à Presidência, para uma conversa. E, segundo fontes, não foi para pedir a Álvaro que fosse vice de Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB, partido de FHC, atualmente com dificuldades de decolagem…

Consultoria?

Depois do deputado Nelson Meureur (PP-PR), o próximo político com foro privilegiado a ser julgado pelo STF será a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT. Entre as coisas que ela tem que explicar está sua relação com o empresário Ernesto Kugler, réu junto com ela no processo da Lava Jato e acusado de receber R$ 1 milhão em espécie destinado à campanha da petista ao Senado em 2010. Na mesma época em que ele recebeu a propina, a senadora prestou consultoria à Combraseg, uma pequena empresa ligada ao Grupo Luminapar, que tinha Kugler no quadro de sócios. Na ocasião, Gleisi tinha uma empresa de consultoria, a GF Consultoria. A Combraseg pertencia ao empresário Giuseppe Catallini Nappa, que também era dono da Luminapar junto com Kugler.

Remessas

A Combraseg está diretamente associada à Luminapar. De acordo com a delação feita por Alberto Yousseff, Kluger é quem recebeu dinheiro, enviado por emissários do doleiro, para a campanha de Gleisi. O pagamento foi feito em quatro remessas de R$ 250 mil. Uma das entregas de propina em espécie para Gleisi teria sido feita na sede da Luminapar em Curitiba.

A Combraseg informou à Receita Federal ser inicialmente uma empresa que realizava cobranças, além de reparação e manutenção de computadores. Depois, disse fazer manutenção de máquinas industriais. A relação da GF com a Combraseg
e a Luminapar ainda não está totalmente esclarecida. Em nota, Gleisi disse que a denúncia é “caluniosa e equivocada”.

Condenação menor

Já com dois votos nesse sentido, a tendência do STF é de condenar o deputado Nelson Meurer (PP-PR). Ele é o primeiro político com foro julgado pelo STF no âmbito da Lava Jato. Mas, pelos votos dados até agora, a condenação será menor do que desejava o Ministério Público. O MP denunciou Meurer por 269 atos de corrupção e 336 de lavagem de dinheiro. O relator Edson Fachin condenou-o por 31 atos de corrupção e 8 de lavagem.

Toma lá dá cá

Murilo Hidalgo, Diretor Do Instituto Paraná Pesquisas

Com a prisão de Eduardo Azeredo, do PSDB, os principais partidos caíram na Lava Jato. Como isso afeta as eleições?
Os partidos que não têm integrantes envolvidos em esquemas ilícitos podem ter alguma vantagem.

Qual a perspectiva para PT, MDB e PSDB nas eleições deste ano?
Esses partidos levam vantagem por receberem mais recursos do fundo eleitoral. Ao mesmo tempo, estão muito envolvidos com corrupção. Porém, acredito que eles manterão as bancadas.

Há espaço para o crescimento de partidos menores?
Os pequenos vão crescer um pouco, mas não tanto quanto a população imagina.

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