7:41Mais uma!

Se o volume de denúncias contra o ex-governador Beto Richa continuar no mesmo ritmo, se ele chegar até até a eleição para o Senado em outubro, vai ter mais processos que votos. A de ontem é a sindicância enviada pelo STJ ao Ministério Público do Paraná onde está escrachada a suspeita de que ele assinou um decreto mudando a lei de zoneamento que acabou valorizando um terreno em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Segundo depoimento  do corretor de imóveis que intermediou a venda do terreno, Richa teria recebido dinheiro e se tornado sócio em empreendimentos da empresa que adquiriu a área por R$ 1,4 milhão e a vendeu depois da mudança da lei por R$ 25 milhões. Confira na reportagem do G1 Paraná:

STJ envia ao Paraná sindicância que investiga decreto assinado por Richa suspeito de valorizar terreno

Conforme a investigação, área comprada por R$ 1,4 milhão por uma empresa foi vendida quatro anos depois por R$ 25 milhões após mudança no zoneamento.

O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), enviou ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, uma sindicância que investiga um decreto assinado pelo ex-governador Beto Richa (PSDB) suspeito de valorizar um terreno.

A investigação foi encaminhada depois que Richa perdeu o foro privilegiado ao deixar o Governo do Paraná. A sindicância se tornou pública no Diário Oficial do STJ publicado no dia 18 de abril.

Conforme a denúncia investigada, em troca do decreto, o ex-governador recebeu dinheiro para a campanha eleitoral de 2014 e sociedade em negócios imobiliários.

O terreno alvo da investigação fica na Área de Proteção Ambiental (APA) Iraí, em Quatro Barras, também na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com o documento, em 2010, o então prefeito do município Loreno Tolardo e o irmão dele Luís Tolardo, donos da Transportadora Gralha Azul (TGA), compraram uma área localizada na APA ao preço de R$ 2 o metro quadrado.

O valor total do terreno foi de R$ 1.461.500,00. Com o decreto em vigor, a área foi vendida quatro anos depois por aproximadamente R$ 25 milhões.

O ministro relator afirma que o preço baixo de compra tem relação com a limitação de uso, por se tratar de uma área de proteção. A limitação, porém, foi alterada por um decreto assinado, em 2014, pelo então governador do Paraná.

Com o decreto, o que antes era proibido ficou permitido, como atividade de comércios e serviços em terrenos que ficam ao lado do Contorno Leste da Região de Curitiba.

Segundo depoimento de Paulo Victor de Junqueira da Cunha, corretor de imóveis que intermediou a venda do terreno, Richa recebeu cerca de R$ 5 milhões para tornar a área comercialmente interessante.

Conforme o depoimento, parte do pagamento foi por doação da empresa TGA à última campanha de Richa ao governo. Em 2014, outra parte, de acordo com o documento, foi dada como participação ou sociedade em negócios imobiliários.

Na área em que fica o terreno investigado funciona um pátio da montadora de automóveis Renault, que aluga o espaço. A empresa não é investigada.

Ainda de acordo com a investigação, depois da venda do imóvel, a empresa TGA e subsidiárias realizaram três doações à campanha eleitoral do então candidato Beto Richa, em 2014. Uma de R$ 300 mil em abril, outra de R$ 200 mil em agosto e mais uma de R$ 300 mil em outubro.

O ministro cita ainda que, conforme o Ministério Público Federal (MPF), há inequívocos indícios de que pelo menos os valores doados à campanha constituíram retribuição ilícita pela alteração do zoneamento da APA do Iraí.

O que dizem os citados

Em nota, Richa afirmou que não foi ouvido na sindicância. A defesa dele informou que, mesmo depois de todas as investigações, não foi encontrado qualquer indício de prova envolvendo o ex-governador e que no próprio depoimento, o corretor relata “que não sabe dizer se o governador Beto Richa, realmente, chegou a receber tal dinheiro”.

A defesa disse ainda que pediu o arquivamento da investigação e aguarda o atendimento ao pedido em qualquer instância.

O diretório do PSDB afirmou que todas as doações das campanhas de Beto Richa ocorreram de acordo com a lei e foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Paulo Victor Junqueira, que denunciou o caso, disse que confirma tudo o que já disse à Polícia Federal (PF).

O advogado dos proprietários da TGA afirmou que a empresa jamais participou de negócios duvidosos e obscuros. A defesa classificou como levianas e resultado de perseguição política as acusações do MP de que houve doações ao ex-governador em troca de benefício de alteração da lei de zoneamento.

A empresa ainda repudiou o que chamou de falácias atreladas ao seu nome e de seus sócios.

A assessoria de imprensa da Renault informou que não é proprietária das instalações do local questionado, mas tem um contrato de locação do armazém de peças.

De acordo com a empresa, a Renault realizou uma concorrência nacional para a escolha do local a ser locado e a proposta vencedora foi a de Quatro Barras.

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3 ideias sobre “Mais uma!

  1. Ademar Luiz Vieira

    Pra variar o grande e quase extinto jornal da família curitibana quer acabar com seus desafetos.
    Tentou com o es governador Requião, não conseguiu.
    Bastou o tucano Beto Richa cortar as polpudas verbas da comunicação e pimba, vrou a caixa de pancada do jornaleco.

  2. Fausto Thomaz

    O playboy bronzeado aprendeu essa técnica ah muito tempo, quando o então governador Jayme Canet comprou por mixaria quase todas as areas onde iria passar a estrada Alexandra-Matinhos…não preciso nem comentar quanto ele ganhou com isso neh.

  3. Jorge Armado

    Coisa de comunas. Beto foi o maior governador da história do estado, do país e quiçá do sistema solar e da galáxia. O Paraná é a Suécia brasileira, garças ao esplêndido governo Beto. Oxalá Cida e seu intrépido.marido sigam o exemplo. O Paraná será a China brasileira.

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