Da assessoria de imprensa da Copel
Copel retira torres de transmissão do Parque Estadual do Guartelá
A desmontagem e retirada das 17 torres presentes nas unidades foi feita manualmente, devido ao difícil acesso às estruturas.
A linha foi instalada no local há mais de 50 anos, antes da conversão daquelas áreas em unidades de conservação. Com a reconstrução da linha Figueira – Ponta Grossa Norte, em 2017, o traçado foi alterado atendendo a uma solicitação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Além de contribuir para a beleza cênica de um dos maiores cânions do mundo, o deslocamento da linha ajuda a proteger as unidades de conservação, ao evitar o impacto ambiental decorrente das atividades de manutenção e reparo das estruturas.
NOVA LINHA – A reconstrução do circuito de transmissão entre as subestações Figueira e Ponta Grossa Norte deu origem a duas novas linhas conectando estas unidades à Klabin Celulose, em Ortigueira. Ao todo, foram investidos R$ 64 milhões nas obras, concluídas em julho do ano passado.
O empreendimento opera na tensão de 230 mil volts e reforça o sistema de transmissão de energia que atende a toda a região central do Estado, ampliando a capacidade de atendimento à demanda crescente por energia nos próximos anos.
DESCOBERTAS – No traçado original, a linha antiga aproximava-se também de sítios arqueológicos de arte rupestre, que são importantes referências do Patrimônio Arqueológico do Paraná.
Por conta da obra para retirada da linha de transmissão, a Copel financiou estudos em diversos sítios arqueológicos, onde foram encontrados artefatos líticos (de pedra) e cerâmicos (feitos a partir da argila). Durante os estudos também foram descobertos e documentados sete novos sítios de arte rupestre, caracterizados por pinturas artísticas em paredes rochosas.
Os trabalhos incluíram ainda o recadastramento e o tratamento de imagens de mais 28 sítios conhecidos no Parque Guartelá e em propriedades vizinhas.
A Copel promoveu ainda um Programa Integrado de Educação Patrimonial, incluindo levantamento de cultura imaterial (saberes e fazeres) nos municípios abrangidos pelo empreendimento e atividades com estudantes, como oficinas de cerâmica e arte rupestre e pesquisa para resgate da culinária tradicional.
Funcionários, guias e condutores de turismo que atuam no Parque Estadual do Guartelá e arredores também participaram de cursos de capacitação promovidos pela empresa.
Todo o material coletado e documentado nas pesquisas foi encaminhado ao Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história da Universidade Estadual de Maringá.