7:01Os insanos querem guerra

por Célio Heitor Guimarães

O maluco do topete amarelo – que a irresponsabilidade e a parvoíce dos vassalos do império norte-americano elegeram presidente dos Estados Unidos da América (do Norte) – está doidinho para desencadear um conflito armado de proporções mundiais.

Depois de haver trocado desaforos e insultos com o norte-coreano Kim Jong-um – outro estouvado que, em vez de carrinhos e bichinhos de pelúcia, brinca com ogivas nucleares – resolveu bombardear o território sírio como se estivesse estourando traques na casa da sogra.

O dono do pedaço, Bashar al-Assad, que já mereceu do então presidente Lula da Silva o “Grande Colar” da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais elevada condecoração brasileira, é um ditador sanguinário, sucessor do pai, Hafez al-Assad, que governou o país por 30 anos, até a sua morte. Em meio a uma guerra civil fraticida e impiedosa, que já matou mais 200 mil viventes e gerou milhares de refugiados mundo afora, vai tocando o seu trolinho. De vez em quando, segundo porta-vozes do Pentágono americano, faz algumas experiências com armas químicas e bacteriológicas contra os próprios compatriotas. Por isso, aquartelado na Casa Branca, a 9.400 quilômetros de distância, Trump achou que o sírio merecia um corretivo. Convocou os co-irmãos Reino Unido e França e bombardeou a capital Damasco e arredores.

A República Árabe da Síria não é páreo para os Estados Unidos da América, ainda mais com a ajudinha do Reino Unido e da França. Mas tem outros aliados importantes: a Rússia, de Putin, outra figura incapaz de merecer atestado de sanidade, e os aiatolás do Irã, idem. Além de outros “patrícios” da região, capazes de aderir à resistência, dependendo dos interesses da ocasião.

Aí, o forrobodó estará formado. Trump se encastelará na Trump Trower e o mundo abaixo que exploda (para não usar o termo correto, que começa com f).

Russos e iranianos, por enquanto, estão apenas rosnando. Mas se mr. Trump continuar latindo pode haver pandemônio no canil. E a figura é imprevisível.

Há pessoas, aliás, que não deveriam existir. Expelem negatividade, estão sempre em busca de conflitos, habitam submundos e são incapazes de oferecer algum benefício para a Humanidade. O nova-iorquino Donald John Trump é uma delas.

A Síria tem problemas? Tem. Sérios? Seríssimos. Mas que devem ser resolvidos pelos sírios, se não houver a possibilidade de uma negociação externa séria e eficiente e enquanto a ONU for apenas uma ficção inócua.

O que aconteceria se a China resolvessem intervir no conflito racial de Charlottesville, na Virginia, onde a ultradireita resolveu promover a maior marcha dos supremacistas brancos dos últimos anos nos EUA, com várias mortes e muitos feridos? Ou no Tennessee, logo após o assassinato do pastor Martin Luther King, que neste abril está completando exatos 50 anos, quando a violência se espalhou por 125 cidades dos Estados Unidos, deixando pelo menos 46 mortos e 2.600 feridos, chegando a 500 metros da Casa Branca e obrigando o então presidente Lyndon Johnson a recorrer à 82ª Divisão Aerotransportada do Exército para controlar a situação?

Acredito que já passou da hora de o Império de Tio Sam tentar monitorar e controlar o mundo, visando sempre o interesse próprio. Não tem mais cacife para isso, como já demonstrou. Por isso, deve deixar-nos em paz com os nossos infortúnios e as nossas dificuldades e tratar de resolver os seus e as suas, que são imensos.

Quanto a Trump, alguém precisa tosar aquele topete oxigenado. Se a primeira dama Malenia não for capaz, chame-se a atriz pornô Stephanie Clifford, de grande intimidade com o presidente, que por meros US$ 130 mil (e um pouco de carinho) será capaz da façanha.

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