12:38O que vem por aí? Muita água por rolar

Do Analista dos Planaltos

Dois momentos são tidos como marcos importantes para as eleições deste ano. O primeiro é o fim das janelas partidárias nos próximos dias, quando se encerra a possibilidade dos parlamentares trocarem de partidos. Já são conhecidas algumas trocas como as dos deputados Plauto Miró, Osmar Serraglio e Luis Carlos Martins.
Feitas as contas se saberá quais partidos ganharam em votos, quais perderam e como ficarão as estimativas de percentuais de votos para eleger um deputado estadual e um federal. A base hoje é de 45 mil e cem mil votos, respectivamente. Quem fizer abaixo disso deverá amargar uma suplência – se chegar perto dos números mágicos.
Com esses cálculos se saberá também que candidatos ao governo terão as bases de apoio mais ou menos consistentes, pois cada deputado é o ápice de uma pirâmide onde abaixo estão prefeitos, vereadores , secretários estaduais e municipais e milhares de cargos em comissão.
O segundo momento – e o mais importante e definitivo, é o das convenções partidárias no final de junho, último prazo para que os partidos fechem as coligações, indiquem candidatos ao governo e vice, candidatos ao Senado (cada qual com dois suplentes) , deputados estaduais e federais e as cotas de mulheres nessas chapas.
É comum que partidos só decidam horas após o prazo, quando fecham as atas e mandam para a justiça eleitoral. Em jogo estarão tempo de tv de cada legenda, o chamado enxoval, ou seja, quantos milhões de reais cada deputado gastará na campanha , dinheiro dos fundos eleitorais e partidários, com quantos prefeitos contará etc.
Também terão muito peso as igrejas e as seitas. As evangélicas com certeza reelegerão deputados ou os substituirão.
Serão várias arcas enormes, cada uma com seu Noé, e a elas estarão agregados no casco os micro-partidos negociadores de legenda – cada um , menos os ideológicos, alugando seus 30 segundos de tempo de tv. Muita água por rolar ainda.

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