Do Analista dos Planaltos
Dois acidentes recentes, em Brasília e no Rio de Janeiro, resultaram em mortes de pedestres e os motoristas envolvidos alegaram problemas de saúde para justificar a tragédia que provocaram. Os dois exemplos refletem uma mínima parte da guerra cotidiana enfrentada por quem está nas ruas e rodovias brasileiras sem saber que tipo de doido está dirigindo o carro que vai ao seu lado ou vem na sua direção. O Conselho Nacional de Trânsito baixou portaria para tornar a renovação da carteira de habilitação mais rigorosa. A medida revoltou o País e a “comoção nacional” fez com que o Ministério das Cidades revogasse a iniciativa, justificando que não haveria necessidade de “afetar a rotina dos condutores que precisam renovar suas carteiras de habilitação/CNHs por todo o Brasil”. “Esta ação acontece em conformidade com os objetivos do Governo Federal, de reduzir custos e facilitar a vida do brasileiro”, informa o Ministério. Então tá!
Igual determinação deveria se tomada em relação ao próprio Conselho Nacional de Trânsito: reduzir custos e facilitar a vida dos brasileiros. Por que gastar com esses conselheiros incompetentes e quiçá ligados a interesses escusos ?
Está certa a revogação da norma que, aliás, nunca deveria ter sido editada. Não é punindo todos os motoristas que o trânsito vai melhorar. Punir com mais rigor, isto sim, os infratores por bebedeira, principalmente. Parece que é algo direcionado para aumentar a receita das escolas de direção.