Como previsto, a chiadeira começou depois que o governo do Paraná anunciou ontem o superávit nas contas referentes ao ano passado, algo em torno de quase R$ 2 bilhões. O bumbo começou a bater porque, mesmo com esse lucro em meio à crise que todos conhecem – e apesar de os pagamentos dos 160 mil funcionários ativos, aposentados e pensionistas estarem em dia, especula-se que o torniquete vai continuar na questão da reposição salarial. Nada contra a reivindicação, dentro dos parâmetros da lei no país que é manicômio, mas para muitos aloprados seria melhor a maioria dos barnabés viverem matando cachorro a botinada e  fazendo fila para pegar cesta básica a fim de não passar fome por causa dos atrasos, como acontece no Rio de Janeiro. Assim, combustível para incendiar as ruas seria fácil. Parece que neste mundo apenas se esquece que o Paraná tem 10 milhões de habitantes, a maioria dos trabalhadores rala para ganhar o ganha-pão e vive com a faca no pescoço com medo de ser demitido porque não tem estabilidade no emprego – coisa que para qualquer um desta ninguenzada parece um delírio – e que ele, ora, ora, é obrigado a bancar. Ou não?