As cabines enfileiradas eu vi quando menino pançudo. Depois, tateando na vida, em filme, um desses, italiano, praia diferente, mas elas iguais para trocar de roupa. O mar. Olho e acho agora que a areia estraga. Estou ficando velho. Salvam-se as crianças, mas os adultos… Maritacas anfetaminadas. Dentes de gargalhadas voando. Pelancas, banhas, bundas, besuntamento, estou me afogando. Minha barriga é do tamanho do mundo. Chamem o desentupidor! Joguem no esgoto a céu aberto. Não posso beber mais, pois vai ser pior. Alô! Quem? Não está. Saiu assassinando todos que estavam grudados no celular. Sim, tem muito sangue, mas isso me entedia também. Ligue outra hora, talvez eu recite um poema. Sobre as cabines individuais da praia do Zé Menino e minha felicidade de encontrá-las depois na tela grande. De Visconti? Fellini? Rosselini? Monicelli? Agora quero um pratão de nhoque. Sem molho. Para me empanturrar e não pensar.