Do analista dos Planaltos

Uma espécie de nova Boca Maldita surgiu em Curitiba. As reuniões acontecem todos os domingos entre dez horas e meio-dia em meia na feira da Praça 29 de Março. Dessas reuniões, regadas ao tradicional cafezinho, têm participado políticos com e sem mandato, todos envolvidos no processo eleitoral de 2018. Os mais assíduos são Orlando Pessuti, Ratinho pai , o ex-ministro Borges da Silveira, deputados e secretários do estado e do município. Tem adeptos de todas as correntes , de Alvaro Dias, de Beto Richa , de Osmar Dias e de Gustavo Fruet. Até o ministro Ricardo Barros com a futura governadora Cida estiveram na roda.
Os analistas sempre muito informados faziam ensaios sobre o cenário atual e concluiram que hoje estão definidos Ratinho Junior e Cida Borghetti como candidatos ao governo, Sobre Osmar ainda não há certeza. Ratinho e Cida serão adversários e Beto deve apoiar Cida em coligação, Beto para o Senado evidentemente. A segunda vaga e a vice de Cida ficam abertas para compor com partidos aliados. Nessa lógica o vice de Cida viria do DEM ou do PTB, não se sabe. Ratinho Junior tentaria lançar Ney Leprevost para o senado e a vice estaria aberta.
Osmar Dias tem que resolver em definitivo se fica no PDT. Parece que sim. Teria como Senador Roberto Requião e para vice a vaga estaria aberta. Fruet puxaria votos para a Câmara dos deputados.
No PMDB a situação dos deputados estaduais é trágica. Todo o espaço será dado com prioridade para Requião Filho, como ocorreu nas últimas eleições, e os recursos do Fundo Partidário deverão ser destinados para a campanha de Requião pai. Não bastasse isso, deputados federais de grande votação como João Arruda dobram com deputados estaduais de outros partidos como os ex-pemedebistas que migraram em bloco para o PSB de Luciano Ducci, bastante ligado a Beto Richa.
A conclusão óbvia da domingueira é que as definições das coligações, das chapas completas com os vices e senadores ,é que dará idéia do quadro, ainda muito aberto.
Pelo visto,nem PT, que é forte no Congresso, nem PMDB, detentor da Presidência, serão protagonistas fortes em 2018. Tallvez lancem candidatos fracos para segurar os preciosos tempos de rádio e televisão.