Um sábio do Centro Cívico comparou o governador Beto Richa a um daqueles imperadores romanos cujo polegar determinava a vida ou morte dos gladiadores na arena. No caso a questão é a escolha do candidato que vai disputar a sucessão dele. Do alto do terceiro andar do Palácio Iguaçu, com aquele semblante enigmático, ele ouve os pretendentes e suas ofertas, mas também recebe o monitoramento das chamadas pesquisas internas para ir montando os cenários para a escolha que lhe seja mais favorável. A que? À disputa de uma vaga ao Senado. Um dos entraves que podem surgir é o seguinte: se a vice-governador Cida Borghetti assumir o lugar dele e não for a escolhida, a chamada máquina do governo ficará com ela, sob supervisão do ministro Ricardo Barros, que é um trator político reconhecido até pelos inimigos. Ela já declarou que é candidata de qualquer forma. Será mesmo? O panorama, contudo, só começa a clarear no ano que vem, provavelmente depois do Carnaval. Isso é política!
Até lá o Ratinho já cabalou a vice-governadora para continuar como está, continua no cargo e na próxima é a vez dela.