12:56Atrás do quadro

O angu da Quadro Negro fez alguns perdigueiros farejarem uma boa história, além do que já foi publicado até agora – e principalmente depois da delação do empreiteiro Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor. O rastreamento da trajetória dele dá um bom enredo policial, mesmo porque sua ficha começou a sujar na Bahia. Ao estilo do ex-ministro Geddel Vieira Lima, parece que ao invés do ralo, seu currículo ajudou ele a aparecer aqui e, pimba!, entrar na seara com acesso aos cofres públicos. Outro fator que intriga é que os bens de Souza, incluindo apartamentos em Salvador e Camboriú, além de uma coleção de carros, extrapolam o que teria ganho com a falcatrua das escolas não construídas. A conferir.

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2 ideias sobre “Atrás do quadro

  1. Deonilson

    Quem também veio da Bahia foi o secretário paulista de Finanças do Paraná, trazido por Beto Richa. Ele veio junto com o empreiteiro?????

  2. Jôesleí Bife Sujo

    Como na música de Sá e Guarabira, Sobradinho:
    – Sento Sé
    ex Prefeito Ednaldo do DEM que mudou para o PSDB.

    http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2017/09/O-DELATOR-DA-QUADRO-NEGRO.pdf

    “sou e sempre fui o verdadeiro proprietário da empresa valor construtora e serviços ambientais ltda., embora nunca tenha figurado formalmente em seu quadro societário. eu tive uma empresa anterior chamada egc construtora de obras ltda., que estava em processo de recuperação judicial e teve a falência decretada em 2014. cursei faculdade de engenharia civil, mas não cheguei a concluir o curso.

    então eu decidi colocar o antônio getúlio galdino da silva, que era o meu encarregado da egc no estado da bahia. ele entrou sozinho num primeiro momento e depois veio o primo dele chamado márcio antônio galdino.

    em relação às sedes, a valor efetivamente só funcionou num único endereço, no bairro santa quitéria, em curitiba/pr. os outros endereços indicados nos atos constitutivos foram apenas “para constar”, já que a valor não chegou a ter outra sede. a filial da bahia também não chegou a ser efetivada. chegamos a alugar informalmente por uns três ou quatro meses uma casa, mas foi devolvida sem nunca ter funcionado nada lá de fato.

    “o primeiro contrato que eu viabilizei pela valor foi o de coleta de lixo na cidade de sento sé/ba. a egc prestou esse serviço naquela cidade por cerca de cinco anos, mas, em razão dos problemas financeiros, acabou ficando sem certidão e a prefeitura rompeu o contrato. poucos meses depois foi aberta uma nova licitação. o prefeito ednaldo barros dizia na cidade que quem ganhasse teria que assumir o passivo trabalhista deixado pela egc. por conta disso, a valor acabou sendo a única licitante. o prefeito ednaldo me chamou e disse que, como a egc não tinha pago os funcionários, e estava tendo muita reclamação na cidade, era ele quem assumiria o pagamento dos funcionários a partir do contrato com a valor. ele me indicou algumas contas bancárias onde eu deveria depositar r$ 70.000,00 (setenta mil reais) por mês. essas contas, que eram de empresas por mim desconhecidas, mudavam de mês para mês. com aquela quantia ele disse que pagaria os funcionários “do mês” e também parte do passivo já existente. eu concordei e fiz as transferências. algumas vezes eu repassava um pouco menos, mas depois compensava no futuro. todas as contas creditadas em sento sé/ba foram indicadas pelo prefeito ednaldo. a valor nunca teve qualquer relação comercial com as mesmas ou seus proprietários. quem geria os funcionários para o prefeito era uma sobrinha dele, que fazia isso desde a época da egc (chegou a ser registrada pela empresa). eu acho que alguns funcionários que prestavam serviço na época da egc continuaram depois que o contrato passou para a valor, mas não tenho como afirmar. pode ser que eles tenham trocado (ou reduzido) os funcionários e eu nem fiquei sabendo. depois de um tempo o ednaldo indicou a conta da empresa marcelo paes landin me. como começou a ter problemas com a valor aqui em curitiba, eu propus a realização de um contrato de prestação de serviços entre essa empresa e a valor, para “esquentar” os repasses. foi feito um esboço desse contrato, mas não chegou a ser assinado. a minha margem de lucro variava de r$ 20.000,00 (vinte mil reais) a r$ 30.000,00 (trinta mil reais) por mês, pois eu ainda tinha que pagar o pis, o cofins e o valor da nota (o custo da nota que o titular da conta que recebia o repasse não dava). na época da egc o caminhão que fazia a coleta era nosso, mas com a valor era de um terceiro, que eu nem sei quem é. fiquei sem receber da prefeitura de sento sé/ba apenas uns quatro ou cinco meses, entre o fim do contrato com a egc e o começo com a valor. a negociação sobre a coleta de lixo em sento sé/ba foi sempre diretamente com o prefeito ednaldo barros, sem intermediários.” sendo todo o exposto expressão da verdade, firmo a presente, juntamente com o declarante, em duas (02) vias digitadas no anverso.

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