9:24Pensando bem…

Rogério Distéfano

MICHEL TEMER pode antecipar sua volta da China por causa da segunda denúncia do procurador geral da República. O presidente não é, nunca foi, um santo; fosse, não seria vice de Dilma, muito menos presidente golpista contra Dilma. Mas quando está na China não é o Michel Temer padrinho de Rodrigo Rocha Loures. É o presidente do Brasil, representando o Brasil, atuando no interesse do Brasil.

Petistas, petólatras e os do contra de plantão dirão que ele está na China para alavancar sua sobrevivência política. É visão míope da atuação do Estado. Quando Lula abriu as burras do BNDES para dar dinheiro à Odebrecht e às ditaduras de Cuba e Angola também visava ao seu interesse pessoal e o interesse do Estado. Na política essas situações se confundem.

Voltando a Temer. Rodrigo Janot, o procurador geral, corre contra o tempo para denunciar Temer antes de terminar seu mandato, dele Janot. Isso é agenda pessoal, quer deixar fato consumado, pedra no caminho da sucessora Raquel Dodge, com quem nunca compartilhou visão institucional. Nesse contexto, Janot fica pior que Temer, pois seu interesse, só pessoal, ignora o do país.

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SE OS DESVIOS de dinheiro investigados na Operação Quadro Negro financiaram a eleição do governador Beto Richa, os professores têm parte de culpa: porque não ensinaram os alunos a votar.

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O UOL noticia que “nasceu a primeira filha da tenista Serena Williams”. O bravo redator decreta que a tenista terá mais filhos. Ou melhor, mais filhas. Tipo aquelas bolas de reserva que carrega no bolso do saiote.

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O MINISTÉRIO PÚBLICO paulista defende o promotor que entendeu que o homem que ejaculou no pescoço de uma passageira de ônibus não cometeu estupro. Tecnicamente não foi estupro, disse o promotor, com o que concordou o juiz ao mandar soltar o ejaculador. No mínimo foi atentado ao pudor e no máximo o cara é louco.

Isso de técnica faz toda a diferença: o presidente Bill Clinton, dos EUA, ejaculava o tempo todo no pescoço e no vestido da estagiária Mônica Lewinski; quando acusado de manter relações sexuais com a moça, ele sacava rápido do coldre da defesa técnica: “defina relação sexual”.

Aqui como lá, a ejaculação só é crime ou estupro quando acontece que nem torpedo em navio, ou seja abaixo da linha d’água, aquela que separa a parte de cima da parte de baixo. A melhor técnica disponível dificilmente vai limpar o trauma da mulher “não estuprada”.

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