Rogério Distéfano
In calibri we trust
Nawaz Sharif, primeiro-ministro do Paquistão, pode ser destituído por ordem judicial. Como se vê, só no Brasil a justiça não pode tirar mandato ou travar candidatura de ex-presidente. Todos os deuses do Paquistão, que se contam às centenas, podem menos que os dois deuses do Brasil, o titular e o vice. A quem não sabe, o vice atende pelo nome de Jeová.
O primeiro-ministro, dizem as más línguas, rouba mais que petista distraído, embora não seja uma coisa nem outra coisa. Tem uma vila suntuosa, estilo mediterrâneo, num subúrbio de Islamabad, em seu nome no registro; não pôs em nome nem sob suspeita da primeira-dama. A oposição levou ao Supremo de lá que Sharif esconde a grana em offshores, empresas que engordam os PIBs do Uruguai e do Panamá.
Sharif negou, claro, o mesmo discurso no Paquistão e no Lulistão: o dinheiro não é dele. Como dinheiro não é forévis de bêbado, sempre tem dono. Quem é o dono, então? Foram atrás, o dono tem nome – ou testa de ferro: Maryam Nawaz Sharif, filha e herdeira política do primeiro-ministro. Maryam parece mais filha de nosso Eduardo Cunha, pois usou igual defesa ao ser apanhada com a mão na offshore.
Lembram de Cunha e a offshore? Não era dono, era trustee, ou procurador. Não conta de quem era procurador; Maryam tampouco, privilégio do sigilo cliente-procurador. Maryam apresentou o contrato de trustee para mostrar que não atingia o período em que o pai estava no cargo. E aí se estrepou: o contrato era de 2006, impresso em fonte calibri. A fonte só entrou no mercado em 2007.
Como ensina Michel Temer, o contador: a verba voa, a escrita permanece.
Pois é,não quero tomar fel ,nem ser pregado na cruz,tomar uns copos de vinho,namorar minha esposa e ter uma penca de filhos………Jesus.
Silvestre, depois você reclama…vai aprender a escrever antes. Sério, procura ajuda.
A intenção não era essa, tenho certeza, mas a frase do seu comentário, do jeito que está, dá a entender que você não quer mais nada, bem copos de vinho, namorar, ter filhos…
Estuda mais, não é fácil mas não dói.
Ta certo José.não quero para beber fel,nem ser pregado na cruz,o que eu quero mesmo é ser feliz,sair desfilando na sapucaí,tomar umas garrafas de vinho e ter uma penca de namoradas,cada um com um filho meu.