por Ticiana Vasconcelos Silva
Escrever é um ato de ousadia
No espaço que se defronta à minha frente
Vejo linhas conjugadas ao que ainda não foi dito
Por isso, um perigo na iminência do fazer escondido
Meu tato se desprende no vazio de linhas brancas
Não meço o que não se pode contornar
Apenas me lanço como um jato que não é visto
Apenas me esforço em um ato comedido
Ganho pela grandeza de ver o sol como um astro que está morrendo
E me arrisco a ser só para não ultrapassar viscerais linhas invisíveis
Faço dessa conjectura um desenho de razoável colorido
E isso me faz adentrar ao que ainda está dolorido
Dor de mãe de anciã de irmã e de filha
Em que se aterra e se encontra as mais duras partidas
Dor de saber que tudo é e está perdido
E que apenas a ignorância é aquilo que nunca será corrompido
Pois é né,tem hora que eu me sinto sozinho mesmo o planeta tendo 8 bilhões de humenos.