16:43O de sempre, na história do Bananão

Desde que o Mensalão começou a escrachar parte da podridão no andar de cima da politicalha, coisa que sempre existiu, mas de uma forma mais discreta, corruptos e corruptores descobriram que no Bananão pode-se fazer qualquer atentado ao bom senso, qualquer ato que esculhambe ainda mais o que sempre foi esculhambado, enfim, mostrar a cara de pau, a desfaçatez, a sordidez, a canalhice, porque, como disse Lima Barreto no século passado, o país não tem povo, tem público. A Lava Jato comprova isso porque prendeu uma ínfima parte dos ladrões, por conta da deduragem entre as quadrilhas, e agora pode ser triturada por aqueles que estão lá no bunker de Brasília tramando isso, do presidente da República aos presidentes da Câmara e Senado, só porque estão na lista suja do propinoduto – eles e mais duzentos só da delação da Odebrecht, a empreiteira mais corruptora do mundo. Saiu Dilma, entrou Temer, que era vice dela, e o peemedebista se mostra mais tenebroso do que os mordomos de filme de terror. Ele e sua equipe formada por muitos que estavam no governo defenestrado. Se antes os patriotas de araque sanfona foram à ruas para ajudar a derrubar a presidente petista atrapalhada, agora estes fazem parte da grande maioria que vê o circo pegar fogo, a naba rondando o traseiro, mas não sabe o que fazer, apesar de todo o treino do passado recente. Não há mocinhos nessa história, mas o público olha, olha, como se estivesse esperando vestindo o modelito maria vai com as outras. Direita? Esquerda? Bah! A simbiose de tucanos e petistas forma o time dos que acham que sabem alguma coisa, mas são do tipo “ouvi falar e acredito”. Não conhecem o país e o povo, este mesmo que sabe que mora num lugar chamado Brasil, aquele que já foi bom na arte do futebol. O carnaval vem aí. Vestiram a mulata Globeleza. Quando março chegar, a maioria vai esperar junho para ver se a situação melhora. Que situação? Essa mesmo, a da espera de um líder que resolva por todos, coisa que não vai acontecer. Ou melhor, pode acontecer sim, se não degolarem Lula e ele, como líder, faturar a eleição de 2018 para continuar sua obra de dois governos que resultou no de Dilma e nisso que está aí – e que ele acredita nunca ter acontecido antes no país.

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Uma ideia sobre “O de sempre, na história do Bananão

  1. Zé Ruela

    Disse tudo, agora só estão faltando a volta do 51 ao comando do Bananão e, depois de mais dois reinados do mesmo a volta da Gloriosa de 31 de março, porque o público adora repetir o passado. Porque será que somos tão contra mudanças? Adoramos repaginar tudo, como se trocando os nomes mudamos a realidade.

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