11:34Nosotros no Lerner

Da Gazeta do Povo

PF cumpre mandados de busca e apreensão no Instituto Jaime Lerner

O ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba não está no local. Ação está sendo feita a pedido da Polícia Federal do Tocantins

A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quinta-feira (10) mandado de busca e apreensão no Instituto Jaime Lerner, em Curitiba. A Operação Nosotros, como foi batizada, está sendo conduzida pela PF de Tocantins e não tem relação com a 36.ª fase da Lava Jato, também deflagrada nesta quinta. A ação da PF, que também está sendo realizada em Palmas, capital do Tocantins, investiga suspeitas de irregularidades na implantação, na cidade, do sistema de ônibus BRT (de expressos em canaletas) ao custo de R$ 260 milhões.

Segundo a PF, houve repasse de informações privilegiadas da prefeitura de Palmas a empresas que participaram da concorrência do BRT. “Em conluio com grandes imobiliárias da região, agentes públicos também pressionavam proprietários para que cedessem, a título gratuito, parte de suas terras para pessoas ligadas ao esquema criminoso. Uma das formas de coação era através da cobrança de altos valores de IPTU desses proprietários. A implantação do sistema BRT valorizaria os imóveis que o grupo tivesse posse após a obra”, informa a PF.

O Instituto Jaime Lerner confirmou a operação desta manhã e informou que vai se posicionar em nota à imprensa, ainda não enviada. O ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba não estava no local durante a busca.

Um carro da PF e cerca de cinco policiais federais cumpriram o mandado de busca e apreensão no Paraná. Eles saíram do local por volta das 10 horas com malotes de documentos.

Prefeito de Palmas

A operação em Curitiba está ligada a mandados cumpridos no Tocantins e em Santa Catarina. No total, foram 10 mandados de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor e liberado em seguida).

No Tocantins, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva na casa do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), e de secretários municipais. De acordo com o G1, os policiais federais foram até a casa do prefeito, mas ele não foi encontrado. No Twitter, Amastha disse que está a caminho de Barcelona, na Espanha, para participar do evento Smart Cities. Ele seria levado para depor.

Entre as pessoas conduzidas estão também o secretário municipal de Finanças e o Procurador Geral do Município, além de donos de imobiliárias e terrenos na região. Diversos servidores públicos também foram intimados a prestarem esclarecimentos.

Em Santa Catarina, os locais ainda não foram divulgados.

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