18:16Os móveis e as suspeitas

Da assessoria de imprensa do escritório de advocacia Paulo Henrique da Rocha Loures Emchuk & Advogados Associados

População teme que Rafael Greca numa manobra desesperada, tenha retirado ou trocado os móveis da chácara

Rafael Greca já teve tempo de esconder ou trocar as obras da Casa Klemtz, que estavam em seu poder indevidamente

A sociedade curitibana está se mobilizando em torno da Ação Popular impetrada nesta quinta-feira (21) contra Rafael Valdomiro Greca de Macedo, o Município de Curitiba e, em especial a Fundação Cultural de Curitiba. A petição enviada a Vara da Fazenda de Curitiba explica que o mérito da ação se deve ao fato de que, em maio de 1995, na gestão de Rafael Greca como prefeito, a Prefeitura adquiriu objetos históricos da propriedade da Família Klemtz, e que hoje podem ser vistos em fotografias postadas em redes sociais por Greca, em que aparecem, como plano de fundo, em sua chácara São Rafael, localizada na Rodovia Deputado Leopoldo Jacomel, Km 10, Jardim Primavera, Piraquara, os objetos dados como desaparecidos.

Após a Ação Popular ser divulgada pela imprensa, o desesperado candidato Rafael Greca, que há dez (10) dias tinha solicitado segredo de justiça e a suspensão do processo administrativo que estava sendo acusado, mudou rapidamente de opinião. Seus advogados protocolaram o pedido na 1ª Vara da Fazenda Pública, solicitando ação cautelar que pede a produção antecipada de provas, que será feita por especialista indicado pela Justiça, com o acompanhamento de representantes da Fundação Cultural de Curitiba e da prefeitura de Curitiba.

O que os curitibanos se perguntam é porque, ao invés de ingressar na Justiça para ganhar tempo até o final das eleições, Greca não abre sua chácara para a sociedade organizada? Será que Greca não está fazendo isso agora, por que já mudou os objetos? Ou retirou-os da chácara? Afinal, com a liminar de segredo de justiça, Greca teve tempo suficiente para eventual dilapidação do patrimônio, Greca sempre ocultou essa situação, permanecendo inerte. Para os integrantes da Ação Popular esta é uma atitude tardia e contraditória de Greca, que ofende a boa-fé e sem qualquer transparência. É chegada a hora de providências.

Entenda o sumiço das obras

 

Após o encerramento da gestão de Greca, alguns móveis da Casa Klemtz haviam desaparecido. Laudo pericial concluiu que as análises das imagens comprovam verossimilhança muito grande entre as peças lavatório, étagére e lavatório de quarto com tampo de mármore e espelho bisotado, com grandes possibilidades de se tratarem dos mesmos móveis, pelas proporções por escalonamento, seus contornos e detalhes decorativos.

 

A despeito de todas as provas, a Prefeitura de Curitiba e a Fundação Cultural não tomaram medidas competentes para a manutenção e composição do patrimônio. Com a Ação Popular há a possibilidade de sair da inércia e, como autor popular, atuar na defesa e moralidade pública.Apesar de Greca apelar para a possibilidade de declaração de prescrição” do processo, já que o sumiço dos bens foi relatado pela primeira vez em 1995, ou seja, 21 anos atrás, os advogados que fazem parte da Ação Popular discordam, pois não há prescrição em caso de ressarcimento ao erário.

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