7:57Hoje, na Celepar, mais uma etapa da queda de braço entre governo e sindicalistas

Hoje, às 14h, num dos salões da sede da Celepar, o governo do Paraná vai tentar explicar, com números, aos participantes do Fórum dos Sindicatos dos Servidores Públicos, que a proposta enviada (e suspensa) à Assembleia Legislativa sobre o reajuste salarial é a menos ruim dentro da atual situação do caixa. O secretário da Fazenda Mauro Ricardo da Costa é o encarregado da missão. Ontem, na tática de sempre, a APP-Sindicato, que declarou greve dos professores sobre o que ainda está sendo discutido, convocou a imprensa para dizer que, sim, no ano que vem haverá dinheiro suficiente para o pagamento. No Palácio Iguaçu teve gente que quis pedir emprestado a bola de cristal da diretoria do braço forte da CUT no Paraná e, depois, repassá-la a todos os Estados que estão quebrados e onde os funcionários estão comendo o pão que o diabo amassou porque há muito tempo recebem salários de forma parcelada – e não há notícias sobre greves nestes locais. Alguns sindicatos que, não se sabe o motivo, não fazem parte do tal Fórum, se apressaram em confirmar presença, como o dos policiais civis, que também cruzaram os braços nesta semana. Achar que os sindicalistas serão convencidos é sonho, principalmente a ala radical, da APP, que comanda o resto porque tem mais poder de mobilização e esperneia de megafone em punho e no volume máximo. Pelo que se deduz, a ideia urdida nos gabinetes do Palácio Iguaçu é tentar se fazer ouvir e esfriar um pouco os ânimos. O problema maior é que foi este mesmo governo que deu munição ao outro lado da trincheira: no ano passado conseguiu um acordo para terminar a greve dos professores, sacramentou tudo em lei, apostando numa recuperação da economia, vendeu o peixe de que isso estava acontecendo por causa da estabilidade econômica do Estado, coisa rara se comparada ao resto do Brasil, e agora diz que não pode honrar o compromisso do reajuste, apesar de prometer pagar promoções e progressões de carreira. Portanto, também havia uma bola de cristal no Centro Cívico – e ela falhou porque, com Dilma, sem Dilma, a economia continua patinando – e na mesma marcha lerda. Resumindo: a administração de Beto Richa deu motivo de sobra para mais desconfiança em acordos juramentados e assinados. Como isso vai se resolver? Nos dois lados há quem aposte no jogo bruto. Assistindo a tudo, como sempre, quem paga toda a conta e fica calado esperando, esperando… A conferir.

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Uma ideia sobre “Hoje, na Celepar, mais uma etapa da queda de braço entre governo e sindicalistas

  1. Zé Povinho

    Com um governador demagogo como este só podia dar nisto aí, o cara promete, promete e mais promessas sabendo que não tem dinheiro para bancar tanta promessa assim. Agora quem paga por tanta irresponsabilidade é o povo, principalmente papais e mamães que veem o sonho dos seus filhos de aprenderem alguma coisa sumirem pelo ralo. Universidade? Já era.

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