8:36Hoje, ontem e sempre

Agora vai? Vai pra onde? O Bananão não tem jeito, mas é preciso acreditar – para não enlouquecer. Lava Jato? Tem o mérito de mostrar o que meia dúzia de letrados e antenados já sabia desde a proclamação da República. 144 milhões de brasileiros vão às urnas hoje para escolher prefeitos e vereadores destes absurdos 5.568 municípios e suas respectivas estruturas burocráticas bancadas por quem, em sua maioria, não sabe que paga a conta. Façam as contas e já retirem o percentual do roubo, dos mensalões que sempre existiram, etc. O otimista não sabe o que o espera, gravou para sempre o gênio Millôr. Quem acredita que o exército brancaleone dos procuradores federais, do juiz Moro e da Polícia Federal vai desentortar o Bananão, pode tirar o cavalo da chuva. O Brasil precisaria submergir e, num milagre, deixar no fundo do mar a cambada que até há pouco ficou pedindo seu voto na esperança de chegar ao poder de ter a caneta na mão, aquela que abre o cofre, sempre em conluio com “a base” nas Câmaras. Sim, fazem algo, obras, gastam muito em apresentar isso para o populacho, afinal, querem ficar mais no poder e, quem sabe, dar o pulo do gato para se apossar de cofres maiores. A encenação é sempre patética, mas quem sabe disso? Até os protagonistas acreditam nas próprias mentiras. São artistas da pior espécie e se mostram como anjos salvadores da massa ululante. Outra frase forte, mas que tem a ver: se porcos votassem, votariam sempre em quem tem o balde com a comida, mesmo que este matasse os mesmos porcos na sala ao lado. A democracia é o menos pior dos regimes. Perfeito. Mas aqui no Bananão a obrigatoriedade do voto é um sinal de que isso parece até uma preparação para que os eleitos tenham pronta no bolso a frase que ouvimos recentemente da defenestrada da presidência, como se os 54 milhões de brasileiros que votaram nela dessem o aval para tudo. Com certeza os vereadores do Vale do Itapocu pensam da mesma maneira. Pessimismo? Jamais. Este país caminha a passos de cágado e é pilhado, usurpado, dilacerado, estropiado por uma corja instalada no andar de cima e que se acha no direito de fazer o que bem entender – com o aval dos poderes todos, inclusive da Justiça, que é isso que todo mundo conhece. Realista? Talvez. Cada um, cada um. Mas antes de votar hoje, pense bem: você colocaria sua vida no fogo pelo (a) fulano (a)?

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