14:30CALIPÍGIA, ESTEATOPÍGIA

victoria

Rogério Distéfano

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MARIA VICTÓRIA – qual é mesmo o partido que ganhou do pai? -, candidata a prefeito, paga o preço da campanha: o botão quase estourando na camisa e o jeans fazendo barriga e cartucheira (confiram o post ‘O flagra’, no blog). Não blefa como Rafael Greca, mas também se aplica no garfo. Greca no passado foi como ela, o fofinho das tias que toureava a balança na dança dos feromônios.  Na política engordou, primeiro na progressão aritmética do entusiasmo, depois na geométrica da frustração.  Não engorde, menina, que você não vai se eleger.

Mantenha a linha, primeiro faça um pacto com a balança, depois, muito depois, bela e formosa, com o eleitor. Você tem tempo, e quem tem tempo tem futuro. Sempre poderá fazer um casamento melhor que o de seus pais, que deram sorte no jogo do amor e nas apostas da política. Atente para papai e mamãe, ambos acima do peso. Dou testemunho em causa própria de que uns quilinhos a mais ajudam a disfarçar a idade, pois a magreza ressalta rugas e vincos de expressão, retardados pela massa gorda.

Só não seja maníaca-compulsiva do peso. Obsessão com o peso traz o efeito pernicioso que se percebe no decano da política paranaense, o senador Álvaro Dias, experimento em botox só comparável ao da atriz Suzana Vieira. Mire-se no exemplo de certas mulheres públicas. Veja Gleisi Hoffmann, que transitou da esquerdista escrachada para a petista empetecada (agora no patético meio termo). Ou para as parlamentares da base dílmica, gordas, desalinhadas, de mal com a vida. “Ofensas ao sexo”, dizia meu pai.

Pareço machista? Então sou. Acredito num mundo de mulheres e homens – juntos, elas com eles, eles com elas. Mulheres e homens não são obrigados a cultivar a beleza, isso rende tirania. Magreza, sim. Questão de saúde própria e da pública, diria o pai ministro. Gordo ocupa espaço, entope corredor e elevador, consome oxigênio e expele gás carbônico (e do metano, aquele) em demasia. As mulheres vivem o dilema cruel de decidir entre as vênus calipígia e esteatopígia, a primeira das nádegas esculturais, a segunda, das descomunais. Questão de gordura.

“Ao azo do registro da ocasião” (na imagem do ministro Édson Fachin ao louvar o fatiador Ricardo Lewandowski), afirmo que após vinte anos de mandatos de luz e ideias próprias votarei em Maria Victória. Seja para vereadora, seja para vice-governadora. Sob a condição de que esteja no limite do peso, até algo abaixo, como exige o cânone da beleza. Ainda no azo da ocasião afirmo que votarei em Gustavo Fruet e não em Rafael Greca também orientado pelo peso. O peso das ideias: magras em Greca, gordas em Fruet .

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