ROGÉRIO DISTÉFANO
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Acabou chorare
Lula chorou ao entoar o novo mantra: “provem a corrupção que irei a pé ser preso”. Bobagem, ninguém vai a pé para a cadeia, vai de camburão ou no carrão do criminalista. Lágrimas de Lula não comovem. Ele é ator e atores têm no choro instrumento de interpretação. Interpretação não é realidade; é ficção, fingimento.
Se o choro foi sincero, aquilo não era mostra de arrependimento, mas de outro coisa. Indignação por ter sido tachado de general comandante da corrupção? Pode ser, só que a indignação não revela senso de injustiça, mas de ser exposto, o que é comum em todos os apanhados em deslizes.
O choro vem do fim das ilusões, pelo desrespeito e pela exposição ao ícone autoalimentado pelo ego e pela adoração dos fanáticos. Vem do fim do sonho dos cem anos no poder, que ruiu pela miopia de exercê-lo com os métodos das oligarquias. Lula chorou ao ver que não é poderoso como pensava.
Advogadamente
Os advogados de Lula reagiram “pública e veementemente” contra o procurador Deltan Dallagnol e seu pictograma da corrupção. Como é que os advogados reagem? Tímida e intimamente? Claro que não. Em público e em defesa advogado já tem ‘mente’ que nunca acaba.
Dilma ausente
A tropa de choque parlamentar de Dilma está no evento de autodefesa de Lula. Faltou a própria. Tem horas em que a presença significa cumplicidade tem as horas que a ausência significa crítica.
Cadeia nesse bandido et caterva!!!! Ele foi apanhado no crime.mesmo, o que ele fez não é mero deslize