11:34A MILONGA DO MUJICA

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Rogério Distéfano

VÁ LÁ, temos os petistas chorando pelos cantos. Direito deles, são brasileiros. Desde que o façam no Brasil, não no Exterior – como o maior deles, que foi à ONU, e a mais bela, que foi ao Papa. A grosseria do curitiboca e a visita a Francisco fizeram da bela sub-mártir do ‘golpe’. Mas isso de trazer figurinhas aposentadas, folclóricas, esquerdistas ateus buscando o caminho da santidade, aí cansou. Como esse Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, que vira e mexe arriba por aqui a milongar contra a queda de Dilma.

Como petista não é burro, embora faça esforço para nos convencer do contrário, limitam-se aos desocupados Mujicas, os ditadores Maduros e as populistas-peculatárias Kirchners. Tanto estadista peso-pesado no mundo para socorrer a companheira Dilma e vão buscar pesos-pena! Começamospelo Mujica do Uruguai, conhecido pela vida austera e pelo desapego a bens materiais. Exato o oposto da liderança e do messias petista – que arrecada para depósito privado os presentes dados por chefes de Estado – que são do Estado.

Mujica é o Zé do Fusca da república oriental, com o qual transita da finca para Montevidéu. No momento tétrico que os petistas atestam ao Brasil, esquecem que temos o nosso Mojica (a diferença na vogal não faz diferença na analogia). Falo do Mojica Marins, o nosso celebrado e por eles esquecido Zé do Caixão.  Genuíno, tão venerável quanto o outro, seria o melhor símbolo para o proclamado funeral da democracia brasileira.

Esplendor e sepultura

Será reconstruído o Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo, destruído por incêndio em dezembro de 2015. Podia-se aproveitar para reconstruir a língua portuguesa, que vem sendo destruída desde que a ditadura militar mexeu na estrutura do ensino público.

Panis et circensis

Dilma em Curitiba na segunda, 8, agosto. No Circo da Democracia, evento de lamentação contra o ‘golpe’. Com está afastada do cargo, só haverá circensis, porque a atração principal não pode mais distribuir panis.

Amarelando

Nosso futebol masculino vive na Olimpíada o mesmo drama da Copa do Mundo: o amarelo da camisa toma conta do time.

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