Do blog Cabeça de Pedra
Na casa do poeta fui. Missão profissional. Ele aceitou a encomenda – e escreveu. Era sobre um time – inimigo do dele. Poeta é rubro e negro, mas o campeão vestia verde e branco. Vi um jardim na casa de madeira. Ele escreveu sobre como a cidade amanheceu pela primeira vez com um campeão do país. Foi lido no Brasil inteiro, dentro de um espaço onde a moldura era apenas o registro do momento. Depois, o poeta foi embora – e quando resolveram homenagear aquele campeão no século de vida, lá estava a poesia. Mas por erro ou má fé de algum ignorante, era ele quem assinava todo o texto – e não só sua obra. Quem escreveu o feijão com arroz se sentiu gratificado, mas o povo foi enganado.
Fazer poesia com duas bostas de time é pra acabar,que dirá o Poeta hein/lá no sopé do morro/pnde começa a encosta/começa assim o poeta/com dois times de bosta.