14:09O ANARQUISTA

barãodeitararé

BARÃO DE ITARARÉ

Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.

Taca-le pau

Eduardo Cunha pede que o STF quebre o seu – dele, Eduardo, êta língua deficiente esta nossa – sigilo. De quebra também o do senador Edson Lobão (PMDB/MA), citado na Lava Jato. Digam o que disserem dele, Cunha tem cojones. Ou chegou na fase kamikaze, de morrer matando o inimigo. Em qualquer situação, o Brasil ganha.

Propostas indecentes

“A Lava Jato tem que ser eterna”. Recomendação do blog de Josias de Souza. Discordar quem há de? Só os políticos e os empresários que veem nela trava à retomada do crescimento. Trava ao business as usual, do contubérnio entre política e negócios, um superfaturamento de cá, uma propina de lá, o caixa dois de sempre. Fosse assim e mal comparando, o FBI teria sido desmontado depois da prisão de Al Capone.

Parafora

Não demora a República de Curitiba lança o Parafora, Paraná fora do Brasil, o Brexit do leite quente e do sotaque caipira. Sim, a União Federal prejudica o Paraná como a União Europeia travava a Inglaterra. Concorrência demais. Fora da UF, o Paraná pode controlar seus corruptos – que montam base aqui e roubam em escala federal.

Bonecas

Na China, homens engatam romances com bonecas infláveis, de tamanho real. Dizem alguns que são até correspondidos. Levam vantagem sobre homens ocidentais, gente do soçaite, figuras de coluna social, engatam com bonecas de carne e osso com quem não engrenam nada, nem conversa nem romance, mais vento na cabeça que as chinesas no corpo.

Indigência de espírito

OS MORTADELAS abriram o berreiro em Cannes, ao Papa e agora ameaçam recorrer à Corte Interamericana para defesa de Dilma. Nenhuma noção de nacionalidade, cidadania e pudor cívico. Roupa suja lava-se em casa, ainda que a única lavanderia confiável, porque limpa, seja a do juiz Sérgio Moro, que os companheiros rejeitam com a mesma intensidade que rejeitam aquela onde lavavam dinheiro, o Congresso Nacional, a Petrobras, as empreiteiras, as campanhas eleitorais.

José Sarney, com a suspeição que o fez insuspeito, tem frase de seu tempo de presidente: “Brasileiro não fala mal do Brasil fora do Brasil”. Pode-se fazer isso em tempos de ditadura, quando não há imprensa nem legislativo livres, quando manifestações de rua e de cátedra são reprimidas a cassetetes. Pedir apoio estrangeiro, ainda que moral, para o “golpe” que os cúmplices de Lula/Dilma aplicaram não difere, a não ser na escala, ao apoio que os golpistas de 1964 pediram aos EUA.

Há ranço freudiano nesse afã petolulista do apoio externo. É negação, não conseguem aceitar que os líderes foram corruptos, na escala que vem de Lula até o mais inconspícuo ladrão dos fundos de pensão. Cruzo com intelectuais que chegam a argumentos infantis ao defender Lula no caso da antena da Oi no sítio dizendo que o Messias de Garanhuns sequer tem celular. Nove entre dez presidentes não carregam celular. As mensagens vêm para o do ajudante de ordens ou para o assessormais próximo.

O ovo da superioridade moral converteu-se na lagarta do poder que a Lava Jato impediu o PT de adejar eternamente como borboleta sugando o pólen da corrupção. Sedentos e famintos chegaram às burras sem tempo para adquirir o cinismo dos velhos corruptos. Têm-se por inocentes, apesar de prova robusta em contrário. Ao procurar foros no Exterior renegam o país e suas instituições – que teimam em integrar. Não é pobreza de espírito. É indigência de espírito, para o que não há cesta básica.

(ROGÉRIO DISTÉFANO)

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.