7:08O ANARQUISTA

 Quando o cangaço tinha honra

lampião

LAMPIÃO

Que era assaltante assumido e às claras

Só roubava dos ricos

Diferente dos cangaceiros de hoje 

O procheto

Entrevistado nos EUA, Tite anuncia seu procheto: “reinventar-se” na seleção. Está mais é luxemburgando.

Estruturada e automática

A Odebrecht comprou um banco e o banco da Odebrecht continuou pagando propina até março deste ano, segundo a Lava Jato. A propina, já se sabe, era administrada pelo Departamento de Operações Estruturadas da empreiteira, com software operando a partir da Suíça. Normal. As operações eram estruturadas para a propina sair automática, tipo crédito na conta corrente do corrupto.

Reação em cadeia

Sabem o que quebrou a Oi? Aquela torre telefônica no sítio do amigo de Lula em Atibaia.

Barriga

O site Brasil247 noticia com destaque a prisão dos ex-ministros Paulo Bernardo e Carlos Gabas, mas ignora que Leonardo Attuch, responsável pelo site Brasil247 está preso na mesma operação da PF. Barriga, como se chama em jornalês à notícia com falha. Aqui barriga dupla, a da notícia e a outra, bem nutrida.

Recall

A coluna Painel, da Folha, revela pesquisa interna do PT nas intenções de voto para presidente. O juiz Sérgio Moro bate Lula, Marina, Alckmin e Serra. Pode ser o efeito recall da prisão dos corruptos no processo da Lava Jato, com a componente do saudosismo da ditadura militar, que aparece como solução imediatista no imaginário brasileiro da desilusão com a classe política. Não que Moro seja ditador, afinal como juiz está sujeito a recursos na estrutura judiciária. No entanto tem traços autoritários na conduta e na fisionomia. E isso lembra os militares.

Idiota excelentíssimo

O senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) dá o argumento fatal para o impiche de Dilma: “se ela não caísse, venderia o Brasil à Venezuela”. Tem mais é que derrubar o senador. Não pela estupidez sobre Dilma, mas pela ignorância sobre a Venezuela.

Causídico criativo

NA OPERAÇÃO Custo Brasil a PF investiga suspeita de o ex-ministro Paulo Bernardo ter direcionado licitações nos governos Lula e Dilma para recolher propina. Ainda segundo a PF o método seria engenhoso: a empresa vencedora de polpudos contratos superfaturados contratava escritório de advocacia da confiança do ministro sob polpudos honorários superfaturados; o advogado repassaria o dinheiro ao ministro, retendo 20% de honorários, digamos, legítimos.

Escrevo no condicional, porque as investigações avançam, inclusive com a prisão temporária de ministro e advogado. Embora a prisão do advogado estivesse há quase um ano na bolsa de apostas, tenho que reconhecer-lhe a competência ao montar o ardiloso mecanismo de licitação, prestação de serviços, pagamento e repasse da propina. Tem que ser reconhecido também sua estrita adequação aos ditames da OAB, pois ao fim dos trâmites retinha para si os 20% da tabela de honorários.

(ROGÉRIO DISTÉFANO)

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.