7:11O ANARQUISTA

paulo rocha

VEREADOR PAULO ROCHA

Ignorante residente

Paulo Rocha, vereador, PMDB de Foz do Iguaçu, paga mico na rede. Ao ler requerimento de colega sobre bolsa-auxílio a médicos residentes, comentou que “não sabia que tem médico que reside em hospital”.

Diante das risadas a que se expôs pelo ridículo, Rocha saiu-se como qualquer político, pondo a culpa nos outros: foi brincadeira para ensinar ao povo o que é ‘médico residente’. Podia assumir a ignorância, não é defeito.

A provisória do Ahú

O vereador de Foz lembra um nosso governador que ao discursar na Prisão Provisória do Ahú baixou o sarrafo no absurdo de uma penitenciária ser provisória. Ele, por sua vez, é provisório nos partidos, cuja fila andar mais que a dos casamentos de Fábio Jr.

O homem da cobra

Um cara de Cascavel responde processo pelo art. 215 do código penal, crime de violação sexual mediante fraude: escondeu da namorada que era casado. Funciona diferente daquilo de matar a cobra e mostrar o pau. Dura lex sed jontex, pode mostrar o pau, só não pode matar a cobra.

Habeas piada

Advogada de Brasília cansou da profissão, resolveu ser prostituta. Tem na segunda carreira o prazer que não desfrutava na primeira. Antes fazia habeas corpus para os clientes, agora os clientes fazem para ela.

Oi, Lulinha

Lula tinha razão, Lulinha é o “Ronaldinho dos negócios”. O filhote fechou sociedade com a Oi na Gamecorp, ganhou milhões na venda de parte no nada. Agora a Oi vai à falência e Lulinha continua serelepe como lambari na sanga.

Delação paga

Em entrevista, ontem, o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), declarou que não irá renunciar, muito menos fazer delação premiada. Resposta retórica. Não renuncia porque é jogador e sabe que a partida termina com o apito do juiz, no caso o plenário que decidirá sua cassação. Quanto à delação, bem, se for paga em nome do trust dá para negociar.

Batata quente

O pedido de inquérito para investigar movimentação de R$ 5,7 milhões a descoberto pelo senador Renan Calheiros virou batata quente no STF. Um ministro devolve para outro. Inicialmente distribuída para Edson Fachin, que devolveu para o presidente Ricardo Lewandowski, que mandou de volta para Fachin, que devolveu novamente. Agora caiu no colo de Teori Zavascki.

Tenho comigo que nisso tem parte a vida social de Brasília. As autoridades cruzam-se muito em coquetéis e cerimônias, trocam gentilezas e sorrisos e acabam ficando sem graça de julgar-se umas às outras. Ponha nessa conta as visitas que os futuros ministros fazem aos senadores para conseguir votos favoráveis às suas nomeações e tem-se um fator que agrega mais constrangimento.

Como os ministros não podem ser confinados como as pitonisas gregas, que sequer apareciam para os consulentes, teriam que ser removidos alguns dos inconvenientes da vida em comum. Por exemplo, os indicados para o STF que não façam visitas aos gabinetes, naquele beija mão de jurar crenças e abjurar atos do passado; esperem o dia da arguição no Senado, a votação e pronto. Ah, essa minha ingenuidade…

(ROGÉRIO DISTÉFANO)

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