8:26TICIANA VASCONCELOS SILVA

Os dias têm sido longos. Nada em mim suporta os antigos hábitos que me fizeram chegar até aqui para escrever isso. Não me sinto mais só. É estranho para alguém sempre acostumada à solidão. Porém, não me questiono. Entrego tudo. Este é meu segredo. Não me atenho ao resultado de minhas prerrogativas. Vivo, simplesmente. Mas ainda me falta algo. Ou sou eu que falto em algo? E que algo deverá ser esse? Perguntas sem respostas. Não me atrevo a respondê-las pela simples percepção mente-alma-coração. Há algo mais. Um rio, um des(a)tino que me trouxe até aqui. Onde estou. Ponto de interrogação ou de exclamação. Ponto. Estou pronta. Nasci assim e quem me vir além da porta que fecho ao mundo, saberá que esta prontidão foi feita para desorientar corações e trazer o caos onde falta. Falta o que mesmo? Eu. Naquele algo que já mencionei. É dele que estou em busca. Lá encontrarei a resposta que simplesmente saberei quando encontrá-lo. O algo. O nada. Ou aquilo que me faz ser a semente da escuridão.

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